E Deus responde ao Poeta...
Filho!
Operário és, de minha obra
E atleta que aos poucos
Assimila a força de meu Ser...
O forte chora
Pois está sua força
Na singeleza e brilho
Com que contempla Minha Criação.
Sofres para crescer
E aprender
Que a beleza do mundo
Não está apenas
Na aparência das coisas
Mas no seu interior
Que quase não se mostra.
Os amores do mundo são
A vertente poética
Que te faz vibrar a alma
No Sopro Sagrado da Poesia...
Meu Outro Filho,
Senhor do Mundo,
Carregou Fardo Maior
E mais profundo
E também perguntou,
No limite das forças,
Se dava pra não ser crucificado...
Como vês, era Deus
Mas homem, como tu,
Na dignidade de mostrar-se
Também fraco... às vezes
Para que se cumprisse a Ordem.
A saudade é o que de real existe
Quando a felicidade é transitória
E o desejo de amar ainda persiste
Na ânsia, às vezes, incontida...
Segue, pois, a tua senda de Poeta
Conquista o mundo!
Põe-no, súdito, a teus pés...
E não te arrependerás,
Pois, Filho Meu,
Com tudo que em ti existe:
Bondade... Beleza... Caridade...
Acredita: o mundo é teu!
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