III
"Ao sol, à luz prateada em noites de luar",
reflete-se no rio o céu sempre luzente.
E perene à sua margem, vive ocultamente
o espírito da terra, mágico Avbatar.
Talvez branco fantasma de um tupi guerreiro,
sombra informe deluz, de névoa, fumo ou ar...
Talvez da própria mata o demônio altaneiro.
como herói imortal, seu domínio a guardar.
Eis da cidade ascende outra flúida presença,
anjo ou náiade pulcra, em cuja voz desata
elegia magoada, de saudade intensa...
E, indiferente ao som da triste serenata,
segue o rio, a serpear por entre a masta densa,
"num borborinho alegre, em cíclica sonata..."
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