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Artigos-->Qual a origem da nossa consciência? -- 02/10/2002 - 18:24 (Celso Cardoso) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O físico Albert Einstein durante toda sua vida, perseguiu a idéia de que existiria uma teoria que pudesse explicar tanto os fenômenos da física quântica, quanto os da teoria geral da relatividade. Uma teoria que explicasse, ao mesmo tempo, o comportamento dos corpos celestes e o do mundo subatômico.



Em sua busca incansável por essa teoria, Einstein chegou a formular idéias a respeito da existência de Deus, chegando a afirmar que qualquer indivíduo que levasse a sério o estudo da física, teria que levar em conta essa possibilidade. É curioso notar que os mais importantes físicos do mundo acabaram se convencendo na existência de algo que transcende a razão e a lógica, tornando-se adeptos da idéia de que, de fato existe Deus.



Einstein, no entanto, morreu sem conhecer a tão sonhada teoria, que chamava de Teoria do Campo Unificado. Recentes descobertas da física formularam um modelo que Einstein procurou a vida toda. Uma nova descoberta, a Teoria das Cordas, explica tanto o comportamento da física quântica, como o da relatividade geral. Nessa nova (ou antiga) concepção, o universo seria sustentado por quatro forças fundamentais e a realidade última da matéria, seria formada por cordas ou filamentos que vibram num fenômeno ressonante. A “música” que essas cordas vibrantes produzem, é em última instância, o próprio universo. A grande questão, entretanto, que a ciência formula, é o porque existem quatro forças fundamentais, uma vez que se existissem três ou apenas uma força, o universo seria completamente diferente.



A concepção mecanicista e cartesiana do mundo, que fragmenta a realidade e concebe o mundo como uma máquina, onde cada fenômeno está ligado a uma causa, nos tem colocado em uma situação muito difícil.



Nesse modelo, por exemplo, a ciência nos diz que, a existência dos dias e das noites, nada mais é que o efeito da movimentação da Terra em torno de seu eixo, que ora, fica iluminada pela luz do Sol, e ora fica na sombra.



Entretanto, a questão que a ciência deveria formular é se existe alguma intenção no universo em se criar dias e noites. Assim como a ciência pergunta hoje, porque existem quatro forças fundamentais no universo, e não três ou duas, ou até mesmo, uma única força, ela também deveria se perguntar porque a Terra gira, dessa maneira, em torno do Sol.



Como não é objetivo desse artigo produzir causticantes reflexões filosóficas sobre a causa da existência dos dias e das noites, me limito a dizer apenas que creio que esses fenômenos são, na verdade, como tantos outros, somente manifestações de nossa consciência física. Como passamos, grande parte de nossa vida, confinados em um corpo físico, temos a visão que somos um corpo, que nos leva a acreditar que os dias e noites existem, separadamente da nossa consciência, e que a Terra se movimenta em torno do Sol.



A incompreensão sobre os limites existentes entre, a realidade externa (universo macro-cósmico e micro-cósmico) e a nossa consciência, é a causa da nossa situação atual.



Todo o universo, em última análise, é uma criação da nossa consciência física, e por mais subversivo que isso possa parecer, temos que levar em conta, que a ciência vem considerando essa possibilidade. Essa idéia, na verdade, explica muito das aparentes contradições e dilemas que atormentam o homem, e que normalmente são atribuídos a Deus.



Essa consciência mecânica, do nosso corpo físico, nos impede de ver as coisas de uma maneira integrada. Sempre estamos dispostos a acreditar que a realidade existe à parte de nossa existência. Nós somos uma coisa e o universo é outra. Por força dessa visão distorcida, muito do que vivemos fica restrito a um mundo de referências particulares e não levamos em conta uma dimensão mais ampla da nossa existência.



A fragmentação da vida, em várias visões diferentes, nos colocou em uma situação difícil. Durante muitos séculos, fomos condicionados a pensar nas coisas como um mundo dividido em departamentos.



Na tentativa de entender o mundo, a ciência fragmentou os fenômenos para se chegar a uma causa única, que explicasse o comportamento do universo material. A matéria foi dividida até o “indivisível” com o intuito de se compreender a razão das coisas. Essa tentativa frustrada tem levado as pessoas, a sociedade e muitas organizações, a darem uma resposta inadequada às várias questões importantes das nossas vidas.



Em muitas áreas do conhecimento humano, esse fenômeno tem sido reproduzido. Muitas organizações moldam a maneira como as pessoas pensam o futuro, a si mesmas, e o mundo exterior, não dando oportunidade para que exista um crescimento pessoal e pleno. Da mesma maneira, como fomos educados a entender as coisas sob a ótica da segmentação, como nos diz a ciência, assim também as instituições e nossa sociedade como um todo, nos limitam a uma maneira de pensar, que na verdade, está nos destruindo.



Por uma outra perspectiva, as organizações e a sociedade precisam entender o ser humano na sua mais ampla dimensão, ou seja, colocá-lo num contexto onde possa expressar sua criatividade e missão pessoal, orientado pela sua Alma.



O mundo materialista, a idade da razão e do intelecto, trouxe uma nova compreensão para a humanidade, sobre os fenômenos e problemas que envolveram as sociedades durante séculos. Essa compreensão, entretanto, está se mostrando inadequada às atuais necessidades, e até mesmo a ciência, oficialmente, está reconhecendo que tentar explicar o mundo a partir de uma estrutura mecanicista é um empreendimento inútil.

O pensamento científico e lógico, que se tornaram os ditadores das sociedades modernas, ergueram seus templos de verdades, mas agora, se mostram impotentes frente aos desafios do terceiro milênio, e ao próprio mistério do que é o Ser humano.



Quem poderá dizer que os problemas, que hoje a humanidade enfrenta, poderão ser resolvidos pela comunidade científica, governamental, ou outra ordem instituída em nossa sociedade? Corrupção, tráfico de drogas, comércio de armas, doenças incuráveis, guerras, miséria, destruição da Natureza e pela Natureza, nos dizem que estamos perdendo o jogo. De quais recursos dispomos hoje, para enfrentarmos a crescente desintegração de valores tão básicos, como saúde, segurança e paz. Quem irá deter essa enorme corrente destrutiva?



A degradação de nossas instituições revela uma grande crise: a da nossa própria consciência. Mas de que consciência? Acaso temos vivido com nossas próprias diretrizes? Será que somos capazes de construir um mundo, onde possamos ter uma qualidade mínima de vida, e que nos permita viver de fato, como causa e não como efeito das circunstâncias?



Os acontecimentos mais recentes na nossa história nos mostram, que não. Existem motivos reais para acreditarmos que estamos trilhando o caminho da destruição, e seremos forçados a acreditar que o ser humano é um projeto que não deu certo, a menos que consigamos inverter o curso de nossa história.



Sentimentos e pensamentos limitantes nos fazem acreditar que somos parte dessa realidade fragmentada e caótica. Prazer e dor, alegria e tristeza, amor e ódio, esperança e temores, passam a fazer parte desse cenário, em que, como atores, acreditamos que somos a personagem que ri, chora, sofre e tem prazer.



Acontece que, por nos condicionarmos a pensar sempre como efeito e não como causa dos acontecimentos, temos uma enorme dificuldade em aceitar, que a construção da realidade é uma projeção das nossas consciências. Essa separação, provocada pela nossa consciência, nos afasta da realidade e nos coloca numa posição desfavorável para atingirmos o nosso objetivo como seres humanos e refazermos nosso caminho de volta. De volta para a nossa verdadeira natureza – a Alma.



Por essa razão, nossas iniciativas, até agora, fracassram na tentativa de dar uma resposta adequada aos problemas que afetam as pessoas e a sociedade como um todo. E porque isso acontece? Por que não temos uma compreensão clara do que seja o ser humano, e não consideramos esse fenômeno em sua total dimensão.



Nossa Alma, entretanto, nos oferece uma outra perspectiva. Que tal experimentarmos outro caminho?



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