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Erotico-->CRÔNICA DO AMOR CARNAL -- 25/05/2003 - 10:23 (Elane Tomich) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
CRÔNICA DO AMOR CARNAL.
Elane Tomich

Dentre meus tantos pecados, há uma qualidade de estimação, que insiste em existir em mim, qual jóia de família, engastada em alguma veia dissidente do meu coração.Nunca culpei alguém, pelos meus erros. Bem dito, maiores que meus acertos.. .Quando erro, " em pensamentos palavras e obras ", pelos desacertos do amor, que de desamor estamos todos doentes, saio em busca de mim, e tento o difícil resgate de quem se afoga no azul perdendo a respiração do ar de esperança do verde das florestas.
Sempre volto á praia... exausata , cansada, mas viva.
Deito-me na areia macia da reflexão e penso em ganhar chão firme, na difícil trilha da metamorfose..Tantas vezes fui borboleta, paixão tão grande quanto os sabiás e tantas vezes me vi larva, recolhida e pensativa..
Tenho um pensamento estranho que tento explicar a um mundo surdo, mas que falando sozinha, acabo me ouvindo.
Pois que falar a sós, não é sandice, mas lucidez de cura , quando o turbilhão da crise nos envolve, para testar nossos vícios de renascer ou morrer.
Este pensamento, esta idéia, que tenta sua configuração em conceito, é tão obscura , que ainda tenho que dela fazer prosa, pois que a sábia simplicidade da consisão poética me é negada...
Desculpas, peço! Se muito procuro palavras, é porque engatinho na compreensão do meu desejo
.E como é grande este desejo!
Tão grande , que mal cabe em mim...
Um erotismo, escultura abstrata do encontro de almas que buscam entenderem-se em seu estar no mundo.
Chamei meu companheiro, de muitas faces, para ser meu parceiro, na busca deste fogo de Prometeu e que me amparasse no difícil aprendizado de ser mulher.Em contrapartida, eu o ajudaria no desvendamento do que é ser homem e juntos brincaríamos com esfínges, mitos e faríamos sinfonias de teoremas. Nunca soube dizer direito, pois nunca fui entendida.
Quis me ensinar acrobacias sexuais para, através da carne, extasiar-se por segundos e viver da lembrança deste breve espasmo.
Muito pouco: eu queria conhecer a alma masculina, no desvendamento de mim, na leitura da mulher, pelo meu parceiro de muitas faces.
Simples seria: carnal, amor- paixão, mesmo quando falhasse o êxtase, que de tão eterno, existiria numa continuidade cotidiana, de"hoje eu quero só por você" , "hoje você está com febre", "hoje nos beijaremos na testa e no hoje de depois seremos os mais devassos dos devassos"... Da carne , estrela infinita. cumpriríamos todos os rituais mudanos, como uvas na língua e vinho escorrendo pela boca... Sexo rápido á beira do fogão ou dançando um tango no Viejo Almacén. Mas as mãos se entrelaçariam no medo de ir longe para atravessarmos juntos, as pontes pênceis dos nossos infernos
O orgasmo que vem do amor, que não tem tempo nem espaço, onde as almas gozam de um jeito tão infinitamente forte que é como transportar-se às origens e ao futuro da humanidade a um só tempo, à velocidade da luz. A alma goza através da carne que se eterniza saborosa, numa maciez tal e de tamanho conforto, que um aperto de mão, expulsando o medo de viver e comer o pão nosso de cada dia, seria o prazer do sexo eternizado dos espíritos... Carne onde não há doenças e as marcas do tempo ou das emoções são bonitas, ainda que bruscas e rudes, num desafio à lapidação dos diamantes dos sentimentos
Não é chegada a hora deste encontro!.. E, como não culpo ninguém pelos meus pecados de desentendimento e de não saber de saber de amor, e dele falar, vagarei sozinha por uma estrada bonita mas com tal bruma, que não sei se reconhecerei , ao final, aquela menina que quis amar carne se fazendo alma, alma se fazendo sangue, de um só e eterno amor!
Ai que pedido precoce eu tive! Que estupidez, falar ao vento!





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