CRÊ
Há na crença uma luz radiosa e pura,
Que transfigura os prantos em prazeres,
Que transforma os amargos padeceres,
Em momentos de mística ventura.
Confia, espera e crê. Quando sofreres,
Sob os guantes da rígida amargura,
Nas tormentas acerbas dos deveres
Esquecerás a dor e a desventura.
É que, em meio a mágoas mais atrozes,
Sentirás dentro de ti estranhas vozes
Repletas de doçura indefinida:
São os seres ditosos, superiores,
Que nos impelem a nós, os sofredores,
Aos luminosos planos de outra vida!
Por Chico Xavier, retirado do "Reformador", órgão da Federação Espírita Brasileira, edição de 16/6/1931. |