Carnaval da minha vida
Tere Penhabe
A escola de samba da vida passou
foram tantos o carros, tantas alegorias
em forma de sonhos de pura magia
a porta-bandeira fui eu...
Nos brilhos e vidrilhos que reluziam
dei o meu recado na avenida apinhada de gente
era gente feliz, era gente contente
eu nunca estava só...
O meu mestre-sala mudou tantas vezes
de pé, de joelhos, partindo pra longe
às vezes chorando, às vezes nem tanto
mas sempre partindo...
Hoje esquecida na arquibancada eu fiquei
vejo as escolas passando, e não sei
onde foi parar o meu samba, onde errei
só o silêncio me tem...
Ouço as batidas do meu coração indócil
frenéticas dançam querendo sambar mais uma vez
mas não há mais tempo, foi grande o revés
é melhor a paz... carnaval, nunca mais!
Santos, 18.02.2007
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