Amar-te
Tere Penhabe
Amar-te, foi meu último degredo
usurpou-me a vida, indolentemente
o meu direito ao menos ao segredo
a pena é leve: fingir contentamento.
Mas levo pelas trilhas, tua lembrança
envolta já não mais em esperanças
pouco me importa, é meu o pensamento
sempre oculto, não causa desavenças.
Dorme em paz se quiseres, se paz tiveres
banha teu sono no sangue da minha dor
não saberás jamais que tanto é o meu amor!
Algum dia, ao desceres da arrogância
se lealdade te faltares, não estranhes
será a colheita pela tua instância.
Santos, 27.12.2006
www.amoremversoeprosa.com |