Horas a fio,
Depositando grão a grão,
Acertos nas formas,
Vencendo o desafio,
Derrubando as normas,
Torre alta,
fosso,
ponte,
janelas,
mistério...
Beleza e altivez,
arquitetura irrepreensível,
sopra o vento,
o sol bate,
água corre,
cercando a construção.
Olhares e falas,
suspiros de admiração,
um rumor lento,
e o vento mais forte,
Derriba a ponte levadiça...
Abalada a estrutura,
rapidamente busca-se
recuperação
da arquitetura,
da imaginação.
O mar revolto se debate,
E grita, chora, se agita,
De repente se levanta,
como um gigante,
impunhando um chicote
caprichoso,
rápido e impiedoso,
Derriba em dois curtos golpes,
o sonho de um
dia de verão. |