Não estremeça meu peito com o grito do adeus!
Não me mande afora sem antes ouvir o meu sincero canto!
Não me encante com o desencanto da hora que finda!
Não me grite e
tampouco peça para ficar...
depois de tudo,
nada melhor do que ouvir o lamento do meu sofrente coração e ir além destes pequenos farrapos de sentimentos que restam do seu peito... como migalhas!
Não se exaspere com o meu caminhar!
Rastros são rastros e nada mais!
Pegadas são distintas!...efêmeras como aquelas pessoas que passam!
Sinais revelam ferimentos imensuráveis nascidos de dentro!
Coração remendado!
Ferrugens que dão gosto ruim quando a fala sai!
Lembranças suas!
Saudades não!
Misturados conceitos que ninam ferindo os olhos que se impacientam com o choro!
Choro de gente com gente!
Chorosamente sem gente!
Coração gritante gritando a mudez da sua vida!
©Balsa Melo
11.03.07
Paraíba - Brasil