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Discursos-->Depoimento de Escritor ao Museu da Pessoa -- 29/09/2002 - 14:34 (Silas Correa Leite) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Comentário do Autor Silas Corrêa Leite – Poeta e Ficcionista Premiado, que consta em mais de 40 antologias literárias em verso e prosa, inclusive no exterior - Parte de depoimento ao Museu da Pessoa


Com pouco mais de 8 anos de idade, já escrevendo precocemente uns poemetos pueris no Curso Primário do Grupo Escolar Tomé Teixeira, em Itararé-SP, lendo trabalhos meus sobre o Dia da Pátria, Dia do Índio, Dia da Árvore, "decidi" que iria ser um Escritor, para surpresa e graça geral até dos próprios Educadores e colegas de classe.

Com 16 anos, em 1968, ainda um rapazote que mal-e-mal "amava os Beatles & Tonico e Tinoco", cantava paródias de músicas da Jovem Guarda e fazia imitações de ídolos do iê-iê-iê em shows de prata da casa que grupos musicais da cidade promoviam, e já escrevia crônicas para o jornal local O Guarani, e também tinha sido aprovado num concurso para locutor na Rádio Clube de Itararé. Já compunha, então, umas balada, toadas e blues.

Em 1970, tempos de servir o Exército, por ser arrimo de família pobre da periferia cor-de-rosa e descalça de Itararé, resolvi migrar para São Paulo. Longe de casa, sem dinheiro no bolso, sem parentes importantes (como na canção), morei em pensão, passei fome, sempre escrevendo e acreditando nos meus sonhos.

Depois de um inicio naturalmente difícil, voltei a estudar, deixei de tirar férias e me divertir, arrumei emprego e, lendo e estudando sempre e muito feito um louco (finais de semana, férias) e sempre escrevendo a saudade de minha cidade, de meu lar, comecei a melhorar de vida, com Deus sempre me ajudando (coisas místicas acontecendo em mim, em minha vida, em momentos difíceis), terminei ginásio e colégio, e entrei na Faculdade de Direito.

Na faculdade, tempos difíceis – ditadura militar ainda reinando – e escrevendo meus textos para o curso e para o Jornal Universitário (contestando a corrupção que financiava a "revolução" incompetente, corrupta e violenta), fui perseguido, ganhei ficha nos porões dos podres poderes, perdi bolsa de estudos. Mas escrevendo sempre, como uma obsessão, uma fuga. Escrevia para não ficar louco?

Trabalhei mais ou menos 8 anos em área jurídica, setor contencioso de uma firma de cobranças, melhorei de vida, até que comecei há uns 15 anos atrás, a participar de concursos de poesia. Foi quando comecei a ganhar alguns prêmios, o primeiro com uma poesia sobre a morte de Elis Regina, chamado "Travessia de Elis". Descobri, no entanto, com tristeza, que Poesia não vendia, que nenhum editor investia em "poeta novo", quando senti-me como uma espécie de "maldito". Entrei para o Grupo Infâmia Literária (foi destaque na Folha de São Paulo), comecei a escrever contos, para surpresa minha, comecei a ganhar mais prêmios como contista também. Fui um dos premiados no último Concurso de Contos Ignácio Loyola Brandão, de Araraquara-SP

Em 1995, resolvi escrever um Romance sobre Jesus, que afinal acabou se chamando "O Marceneiro – A Última Tentativa de Cristo". Esse trabalho foi enviado à Editora Record do Rio de Janeiro, mal avaliado e devolvido quase um ano depois simplesmente como recusado. Isso acabou na verdade me animando. Pois registrei o livro na Fundação Biblioteca Nacional, continuei fazendo meu trabalho, ganhando meus prêmios, inclusive em Universidades de renome como a USP, Fundações Culturais idônea e Bibliotecas Públicas famosas como a Mário de Andrade em SP. Sempre participando de concursos, consto atualmente em mais de 40 Antologias Literárias em verso e prosa, inclusive nos Estados Unidos, em Ohio (Christmas Anthology – Bluffton College), em Trento na Itália (Antologia Multilingue de Literatura Contemporânea), e em Portugal (Instituto Piaget, Lisboa). Comecei a colaborar com vários jornais culturais, revistas literárias e Suplementos de Cultura, além de fanzines, tablóides, etc. Meu trabalho foi elogiado desde Ricardo Ramos (filho de Graciliano), a Sólon Borges dos Reis, Artur de Távola, Armando Nogueira, Nelson Oliveira (Prêmio Casa de las Américas. Cuba) e Revista Aldéa de Sevilha, Espanha. A Editora Grafite, do Rio Grande do Sul, bancou meu livreto de Poemas intitulado "Trilhas & Iluminuras", na coleção Prata Nova, que foi elogiado, entre outros, pelo jornal O Escritor da UBE-União Brasileira de Escritores.

Em 1998 tive a bendita idéia de lançar um livro que classifiquei como se em "três dimensões". Produzi então um trabalho de ficções surrealistas denominado "O Rinoceronte de Clarice", onde 11 contos com três finais cada, um feliz, um de tragédia e um de surrealismo ou politicamente correto, compunham o chamado livro Interativo, num kit que teria a obra impressa, editada, uma fita-cassete com o melhor final de cada conto narrado pelo autor, além de um disquete com a obra formatada em computador, para que o leitor criasse também um final todo seu, sob qualquer enfoque técnico-narrativo – esse era o lado interativo do livro – que deveria enviar à editora, quando os melhores finais dos leitores constariam numa edição seguinte do livro.

Enviei o trabalho para uma editora famosa em SP, mas em pouco mais de seis meses simplesmente foi "recusado" sem nenhuma explicação técnico-literária. Sem desanimar, de lá para cá escrevi outros romances, estou pesquisando o que chamo como o projeto de minha vida que é uma novela sobre os terríveis anos de chumbo da ditadura, ganhei outros prêmios, passei a colaborar com novos jornais, fiz novos cursos, efetivei-me como Educador Titular concursado na Rede Pública de Ensino, municipal e estadual, consegui aula de Ética e Filosofia em escola particular, além de ter conseguido, em curso de pós-graduação, um diploma de regência de Didática de Terceiro Grau pela Universidade Mackenzie.

Foi no ano passado, no entanto, que fui descoberto pelo provedor do Rio de Janeiro, a empresa Hotbook (livros eletrônicos), da Radialista, Escritora e Professora Roberta Rizzo, para que lançasse o livro recusado pela Companhia nas Letras como e-book virtual, no link Interativos do site www.hotbook.com.br. Para surpresa minha, esse livro virtual estourou em dowload, com os internautas interessados em cultura copiando-o grátis, sendo recorde em acesso. Por ser pioneiro, inédito, de vanguarda e único no gênero, a partir de pesquisa feita em Nova York, estourou na mídia também. Foi destaque no Caderno 2 do Estadão, no Diário Popular, no JBonline(RJ), na ABI (Brasília), na revista Ao Mestre com Carinho, na TV Bandeirantes (Programa Momento Cultural/Márcia Peltier), em algumas rádio do Brasil, no Jornal dos Professores, no jornal Educação de São Paulo, num site norte-americano, em vários outros jornais, suplementos, revistas, inclusive sobre Informática, Educação, Teens e Terceira Idade. Também há contatos do Programa do Jô, Metrópolis (TV Cultura), Jornal do Brasil e O Globo do RJ, além da revista Minha.

Lamentavelmente, no entanto, não consegui lançar essa obra que foi sucesso na Internet, em livro impresso, apesar do sucesso, mas de lá para cá ganhei outros prêmios, fiz outros cursos (entre eles Filosofia para Crianças – acho que gosto mais de ler e estudar do que de existir), terminei outros romances, tenho um sendo avaliado pela Geração Editorial, um de poemas para ser avaliado pelo Poeta e Jornalista Nêumanne Pinto do Jornal da Tarde, além de ter ficado triste por ter tido anteriormente um romance "extraviado" pela Editora Paz e Terra e um de contos também extraviado pelo Jornalista Bernando Ajzemberg, diretor da Folha Online, além de um trabalho que foi recusado por uma editora do sul, alegando que eu escrevo bem, mas que escrevo como a Clarice Lispector, e que esse tipo de literatura NÃO VENDE! (SIC).

Já pensei em traduzir meus trabalhos e tentar editar (por intermédio de Agente Literário) no exterior (como fez com sucesso Ignácio de Loyola Brandão), nesse ínterim fiz o Hino ao Itarareense (de minha aldeia natal) onde sou Diretor Cultural do Elos Clube/Comunidade Lusíada Internacional, tenho outras novas canções inéditas, e estou formatando um romance místico e um de auto-ajuda que deverei lançar pela mesma editora virtual que bancou O Rinoceronte de Clarice.

Tive trabalhos publicados no site www.navedapalavra.com.br (poemas e um texto sobre Teens, Família e Sociedade), no site www.itarare.com.br – currículo, foto, breve bibliografia com premiações – onde constam poemas e uma série de microcontos. Também no site www.pobox.com/~seomario - consta um conto inédito e uma entrevista sobre meu trabalho, e também já fui sondado por outros sites de arte e cultura para enviar colaborações em verso e prosa, bem como estou sendo assediado por amigos para lançar meu próprio site pessoal. Trabalhos também no sites www.riototal.com.br/escritores-poetas.

As editores seguem lançando Hosmanny Ramos, Simony, Ratinho, PCC e sua história, Derico, por aí a fora...

Enquanto as insensíveis editoras não me bancam, vou escrevendo outros trabalhos, produzindo, dando meu testemunho desses tempos primatas de um capitalismo amoral, inumano – de lucros impunes, riquezas injustas, contrastes sociais – de muito ouro e pouco pão . Na Revista da Web! de Abril, o e-book O Rinoceronte de Clarice constou como o terceiro mais acessado. Está agora, no mesmo site, o romance místico ELE ESTÁ NO MEIO DE NÓS, que pode ser acessado asssim: www.hotbook.com.br/rom01scl.htm É difícil? Tudo é muito difícil. Mas, se fosse fácil, também seríamos fáceis. Estou na luta sonhando, acreditando no meu trabalho, escrevendo todo santo dia, fazendo outros cursos, acreditando em pessoas que têm sensibilidade para me avaliar, ajudar, dar espaço de nível e qualidade para a divulgação necessária.
Poeta Prof. Silas Corrêa Leite – Membro da UBE-União Brasileira de Escritores
Fones para contato: 3034-6109 (res) ou recados 289.4333 (horário comercial – esposa Rosângela) Endereço
Rua Sumidouro, 138, Apto. 28 - Pinheiros-São Paulo-SP
CEP 05428-010E-mail: poesilas@terra.com.br
www.itarare.com.br – www.hotbook.com.br/rom01scl.htm (romance místico)
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