PEQUENA SÍNTESE DA VERDADEIRA PROPOSTA MONÁRQUICA
A "restauração de valores que estão se perdendo" não deixa de ser algo que EU defendo, basicamente. É bom lembrar que isto não está intimamente ligado à proposta restauradora. Não podemos nos render à retórica de que os monarquistas e os membros da família real são reacionários de extrema direita, de cunho antidemocrático e contra a liberdade religiosa.
S.A.I.R Dom Luiz de Orleans e Bragança é extremamente democrático, como são todos os monarcas constitucionais. Por curiosidade, ele recusou qualquer proposta feita pelos militares no fim do regime militar, onde eles gostariam de fazer com que ele tomasse o poder, mas claro que governaria em nome dos militares, de certa forma. Mas estaria no poder! Não aceitou! Disse que só aceitaria a Coroa se fosse de vontade do povo brasileiro, que ele tanto ama! O que é unânime na restauração nunca foi e nunca será uma proposta de moralismo radical e elitista, antidemocrático e muito menos excludente.
A verdadeira proposta da restauração é a reconstrução do Brasil política e economicamente, através de um Chefe de Estado forte, austero, imparcial e independente, que modere com os devidos atributos as discrepâncias dos outros poderes, sempre no interesse da nação, e não de facções. E através deste modelo político forte, estável, justo e coerente, então com melhores visões de investimentos, conseguindo superar as rixas e políticas imediatistas da república para algo supremo, que é o bem comum, ou seja, a verdadeira "res publica", chegar à uma meta realmente grande, que é a melhoria na qualidade de vida do povo brasileiro como um todo! Acho que isso sim é unânime à todos os brasileiros, menos os aproveitadores de plantão, é claro!
Veja que aqui já tento justificar o porquê da indicação do chefe de governo pelo monarca. Pois é usando da coerência e da RAZÃO, e não de paixões políticas efêmeras é que será então "escolhido" o primeiro ministro. Normalmente é indicado (salvo em ocasiões de grave crise) como chefe de governo, o líder do partido de maioria no legislativo. A razão é simples: Não deixando que rixas políticas, e que grandes confrontos entre executivo e legislativo (caso que teremos, e já temos por aqui) faça com que a estrutura governamental definhe, e a política fique estagnada! Daí então que o fato do monarca indicar o primeiro ministro é coerente, e não é nada antidemocrática. Pois indicando o chefe de governo, que obviamente será aprovado pelo parlamento (pois é o líder da maioria no legislativo), ele nada mais está fazendo com que tanto o parlamento quanto a população (que o elegeu e elegeu se partido para a amioria das cadeiras) tenham confiança neste homem! Falta de democracia é confiar numa incoerência resultante das paixões efêmeras da população despreparada para a escolha do supremo magistrado. Oras, se o monarca não pode fazer isso, ele que tem todos os atributos de neutralidade e etc., por que o povo pode se submeter a aceitar a eleição de candidatos pré-estabelecidos, através de porcentagens inferiores geralmente a 30% do eleitorado?
Digo que acredito na democracia. Só que acredito na democracia racional, não na demagógica e utópica, onde é suposto um povo perfeito e igualitário em todos os aspectos. Veja: O povo não é formado por uma facção separada, daí que a república é extremamente excludente. A única maneira sincera de representatividade se dá na eleição dos parlamentares! Nunca na eleição do Chefe de governo, muito menos na do Chefe de Estado.
A estrutura de governo só funciona quando há uma certa independência entre os poderes, e principalmente quando existe confiança mútua. No caso: Primeiro ministro têm confiança do Rei, e também do parlamento. O povo têm confiança no monarca, pois este agirá para e pelo povo, não por facções políticas ou por padrinhos políticos! No monarca é onde as ambições
nada dignas do Estado terminam! O monarca sempre está acima, mesmo que de
uma forma simbólica e moral, da chefia de governo. Ele é a representação verdadeira do povo, a representação sólida, e não efêmera. E, como modera independente, com neutralidade e gozando de confiança, pode defender os interesses do povo eficientemente, sempre fiscalizando, sem nenhum temor, os assuntos públicos, tanto do legislativo, e principalmente do gabinete de ministros, nomeado pelo primeiro ministro (executivo). Por isso o monarca não deve ser simbólico, a não ser depois que o país esteja totalmente estabilizado, como é o caso da Suécia, por exemplo! Mas como disse, sempre existe o poder moral, o poder simbólico. Vale aqui a frase de Francisco José I, imperador da Áustria: "A minha missão como imperador é proteger o meu povo de seus governos".
Não é uma questão de quem será o PRORPIETÁRIO DO BRASIL. Mas de quem vai ser o Chefe de Estado. Já coloquei os fatores do porquê o monarca deve possuir poderes políticos. Só assim a democracia plena e defensora do povo pode ser efetuada. As comparações feitas com relação à épocas anteriores não se aplicam no caso atual. Felizmente, até no campo dos
fatos históricos a monarquia dá um banho de água fria na república! Não é preciso ir longe, basta lembrarmos do golpe militar de 1889, o qual nos obriga a viver nas sombras e sem defesa até os dias de hoje!
Saudações monárquicas!
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