IV
"Num borborinho alegre, em cíclica sonata,
boêmio seresteiro, apaixonado eterno,
modula noite e dia a meiga serenata,
seja ao sol do verão ou neblina do inverno...
E põe no seu cantar arrulos de saudade,
lembrando embevecido, o apaixonado par
que à sua margem viuveu o amor da mocidade,
amor que - sabe bem! - jamais há de acabar.
Mas, eis que ora já vê - e sua mágoa se finda -
que voltamos enfim, trazendo mais poesia.
Somos os mesmos dois, mais amantes ainda,
à nova geração dando lições de amar.
E, feliz outra vez, ritmando alegria,
"vai cantando em surdina à procura do mar."
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