Soneto XX
Tere Penhabe
Felicidade, néctar inalcançável
que atiça os passos do andarilho
mas ao tentar parar para sorvê-la
quebra-se a taça, derrama-se o vinho!
Felicidade... tão em vão te procurei
fiz-me escafandro dos mistérios tantos
algum dia sim, por perto de ti eu passei
mas foste tão efêmera, que não acreditei.
Felicidade, agora que já vão as horas
tão altas e distantes, perto do fim
não quero te ver chegar, não sejas ruim...
Dirá o mundo que a poeta se foi sem saber
da felicidade, a cor, o prazer... porém
eu decifrei: felicidade é viver!
Santos, 05.04.2007
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