Não sobrevivo. Vem! Traz os teus lírios
E tece uma guirlanda enaltecida,
que me consome a chama de um delírio
e me encanta dissipar esta vida.
Alastra em meu corpo novas feridas.
Morde firme, amor. Impõe mil martírios:
queima-me com as gotas do teu círio,
fomenta um desejo à alma ressequida.
Que a tua vitória traga-me a loucura
e a angústia de querer-te, é o preço pago
pelo espesso veneno que me cura,
sorvido em beijos de teu lábio amargo.
Só não temas que eu perca a compostura
e me lance a teus pés, cão do teu afago. |