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Infantil-->FESTA DO MACACO SABIDO -- 17/03/2003 - 04:29 (Welington Almeida Pinto) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Welington Almeida Pinto

Certo dia, um macaco muito sabido, que morava na Mata da Tijuca, resolve fazer um bolo para comemorar seu aniversário. Como faltavam ingredientes, decide tomá-los emprestado entre os bichos.
Para conseguir ovos, correu à casa da Galinha Carijó.
- Agradeço, comadre. Amanhã eu pago, mas não deixe de ir comer um pedaço de meu bolo às quatro horas da tarde de hoje – convida o macaco.
Ao Cachorro-do-Mato pediu um pouco de leite; à Raposa um quilo de farinha; a Onça Pintada, meio desconfiada, empresta-lhe a manteiga. A cada um, o macaco fazia o pedido para comer o bolo em sua casa, só que em horários diferentes.
Macaco Sabido ajeita tudo no embornal, corre para casa e, em pouco tempo, o bolo já estava assado. Feliz da vida se coloca à janela, esperando pelos convidados.
A galinha chega na hora certa. Esfomeada, como todo galináceo nem bate na porta, corre para cozinha doidinha para bicar no seu pedaço de bolo. Lá encontra o macaco fazendo caretas, e muito aflito.
- Comadre, o Cachorro-do-Mato até parece que está no seu rastro. Dê só uma espiada pela
janela, ele já está com um pé quintal.
Ao avistar o inimigo, a galinha treme nas bases. Rapidamente se acocora debaixo da mesa, implorando ao macaco para não dizer nada ao cão, que entra farejando tudo.
- Sinto no ar o cheiro bom de galinha gorda – diz ele.
- Não é galinha, não, compadre, apenas o bolo que fiz com o leite que me emprestou. Prove um pedacinho - pede o macaco, ao mesmo tempo em que apontava o dedo para debaixo da mesa.
Coitada! O cão entendeu o sinal e saltou para cima da galinha, engolindo a pobre com penas e tudo. E volta-se para o macaco:
- Agora, a sobremesa; me sirva um pedaço de bolo.
O macaco ria-se consigo mesmo, satisfeito da sua esperteza.
- Com prazer! A Raposa já está na porta de casa, deixe a comadre entrar que vocês comem juntos.
Raposa!?... – estremece o cachorro.
- Nem pensar! Prefiro ficar longe dessa fulaninha mal inclinada.
- Depressa, depressa... Entre naquele armário e fique quietinho – aponta o macaco.
Foi a conta do cão se esconder a Raposa entra na cozinha toda serelepe, já observando:
- Vejo que o compadre reservou um cãozinho bem apetitoso para comer com o bolo. Sinto o aroma no ar.
- Qual nada, comadre. Melhor comer um pedaço deste bolo, está uma delícia! – elogia o macaco, enquanto fazia gestos com um braço, indicando o armário.
A raposa, danada de esperta, percebe tudo. Em pouco tempo, saboreava carne de cão, com pelos e tudo.
- Legal compadre! Prato e tanto!... Agora, me arrume uma boa cama que preciso descansar um pouco. O bolo fica para mais tarde.
- Deite na minha, pode dormir quanto tempo quiser – o macaco oferece todo satisfeito.
Mal a raposa pega no sono, a Onça Pintada entra na cozinha, fazendo tremer o soalho a cada passo que dava. E pondo-se a farejar o ar, exclama:
- Oh! Oh!. Sinto no ar cheiro de raposa.
- Não é não, Sá Onça. Apenas um apetitoso bolo, saído agorinha do forno – o macaco tenta despistar o felino.
- Está sozinho, compadre? Cadê os convidados? – pergunta a onça, bastante interessada.
- Os amigos que vieram, comeram bolo e se mandaram. Guardei a metade para a senhora.
- Isto não me basta, estou quase morta de fome.
Macaco Sabido sente um frio na barriga. A onça continua:
- Muito bem, o pedaço de bolo é grande e me parece gostoso. Huuummm!... Nesta casa deve haver prato com mais sabor! Meu faro não me engana, acho que o amigo preparou uma raposinha bastante tenra. Não é, compadre?
- Só tenho o bolo, comadre. Pode comer tudinho – dispõe o Macaco, piscando sem parar, enquanto desviava o dedo para o lado do quarto.
A onça, muito viva, entende tudo. Engatinha até lá, come a pobre raposa com couro e tudo. E retorna à cozinha, agradecida:
- Muito bem, compadre, você é bastante gentil. Agora, quero o bolo; ainda cabe alguma coisa na minha pança.
- Sem problemas, coma tudo – oferta o macaco, já meio aflito.
A onça, depois de se deliciar com o pedaço de bolo, diz:
- Compadre, como estou de saída quero levar a manteiga que lhe emprestei.
O macaco deu uma risada das suas e se afasta para mais longe do felino - o coração quase lhe saltava do peito, de tanto que batia. Cria coragem e diz:
- A senhora não acha que já está bem paga? Devorou a raposa, que havia engolido um cão, que tinha na barriga uma galinha, e ainda a metade do meu bolo; que mais pode Sá Onça desejar?
- Macaco mentiroso, chegou o dia da vingança! Até hoje enganou todo mundo com sua lábia. Adeus, vidinha boa! Adeus, festa de aniversário!
Dizendo isto, a onça pintada pula para cima do macaco e o devora também. Depois, lambendo os beiços de satisfação, volta para a Mata da Tijuca, sorrindo por dentro e por fora.
* Festa do Macaco Sabido - Versão livre de um conto do folclore brasileiro.


* História revisada de acordo com a nova orientação dos PCNs – Parâmetros Curriculares Nacionais do Ministério da Educação - para reedição do livro infantil LOJA DE DONS, publicado desde 1993. Texto aberto à crítica e avaliação por todos que defendem uma Literatura Nacional de qualidade, principalmente para a criança brasileira.
Esta história pode ser copiada e distribuida sem direitos autorais, desde que citando a autoria e, se possível nosso site: www.welingtonpinto.kit.net.



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O AUTOR E SUA OBRA
Welington Almeida Pinto
O Autor e sua Obra
Mineiro de São Roque. Em 1971, conclui seus estudos em Passos, Minas. Transfere-se para Belo Horizonte para trabalhar no departamento contábil de uma empresa imobiliária, sem abandonar o gosto pela leitura dos grandes clássicos da literatura universal e a prática de Escritor e Jornalista. Entusiasmado com o movimento cultural da Capital, freqüenta as reuniões da Academia Mineira de Letras e outras instituições culturais da cidade.
Em busca de novos horizontes culturais, viaja por cidades da Europa e das Américas, onde manteve produtivo contato com artistas e entidades produtoras de cultura. De 1972 a 1976, estuda no Centro de Pesquisas de Artes Plásticas da ACM, especializa-se em Publicidade e funda sua agência.
No Teatro, produz A Cela, de sua autoria. Depois adapta e monta Flicts, de Ziraldo, como peça adulta; ambas dirigidas por Luciano Luppi. Participa da equipe de produção do espetáculo A Noite dos Assassinos, de José Triana, dirigida por Paulo César Bicalho. Adapta O Pequeno Príncipe, de Antoine Saint-Exupery, para teatro infanto-juvenil, com trilha sonora de Fernando Boca, direção de Noema Tedesco. Publica Aula-Viva, com 6 scripts sobre assuntos da História do Brasil para aplicação em Sala de Aula.
Eleito para o Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais, associa-se também à UBE – União Brasileira dos Escritores/São Paulo,SP, à ABRALE-Associação Brasileira de Autores de Livros Educativos/São Paulo, SP e à AEI-LEJ - Associação de Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil/Rio de Janeiro.
Publicou contos infantis no Gurilândia, do Estado de Minas, Belo Horizonte, Zero Hora Infantil, Porto Alegre e Gazetinha, do Gazeta do Paraná, Curitiba.

Livros Publicados

Coleção Infantil Vitória Régia/Edita, 1997:
* A Águia e o Coelho
* Clin-Clin, o Beija-Flor Mágico
* Tufi, o Elefante Equilibrista
* Seu Coelhino, em Viagem ao Sol
* O Gato-do-Mato e o Preá
* A Caçada
* O Ataque do Furadentes

Literatura Adulta:
* A Cela- Helbra/1973
Poesia:
* Antologia Poética - Edita/1980

Toponímia:
* Dicionário Geográfico e Histórico do Estado de Minas Gerais – Edita, 1986
* Dicionário Geográfico e Histórico do Estado de São Paulo – Edita, 1987

Coleção Legislação Brasileira/Edições Brasileiras/1993:
* O Condomínio e suas Leis
* Licitações e Contratações Administrativas
* A Empregada Doméstica e suas Leis
* Lei do Inquilinato
* Assédio Sexual no Local de Trabalho

Coleção Infanto/Juvenil/Edições Brasileiras/1998:
* Malta, o Peixinho-Voador no
São Chico
* Santos-Dumont, no Coração da Humanidade
* A Saga do Pau-Brasil

Dramaturgia:
* A Cela – peça adulta, adaptação do livro “A Cela”
* Flicts - adaptação do livro “Flicts”, de Ziraldo.
* Pequeno Príncipe - adaptação do livro “O Pequeno Príncipe”, de Saint Exupery
* História do Brasil, em Aula Viva - adaptação de temas históricos para teatro,aplicados em sala de aula - Edita/1978.

Ver livros nos sites: www.welingtonpinto.kit.net/

www.literaturanacional.kit.net/


www.ensinofundamental.kit.net/


www.legislacaobrasileira.kit.net

www.ministeriodacultura.kit.net/


E-mail: welingtonpinto@globo.com.br

* O livro é um instrumento importante na luta pelo
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