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Infantil-->O LOBO E OS SETE CABRITINHOS -- 17/03/2003 - 04:31 (Welington Almeida Pinto) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Welington Almeida Pinto

Era uma vez uma cabra com sete cabrinhos. Um dia, ao sair para buscar comida na floresta, chama os filhos e recomenda:
- Queridos filhos, o Lobo Mau anda pela região. Enquanto estiver fora, não abram a porta para ninguém.
- Teremos cuidado, mamãe – responde o mais velho.
- Fiquem atentos, pois o malvado vive de enganar crianças.
- E como nos proteger? – pergunta uma das cabritinhas.
- Prestando bastante atenção na voz e nos pés dele. Sua voz é rouca e os pés são pretos.
- A senhora pode ir sossegada. Não abriremos a porta para ninguém, muito menos para lobo – garante o mais velho.
- Vejam lá, filhos!
- Pode ir tranqüila.
Mal dona Cabra desaparece na mata, os cabritinhos foram surpreendidos por várias batidas na porta de casa. Era o lobo. Pedia para entrar, disfarçando a voz:
- Abram a porta, queridos filhos. Mamãe trouxe coisas gostosas.
Os cabritinhos, bem prevenidos, respondem:
- Não abriremos.Você é o Lobo Mau. Nossa mãe tem uma voz doce e agradável.
Lobo ficar surpreso com a esperteza dos cabritinhos. Pensa, pensa, e logo descobre um jeito ousado para entrar na casa dos cabritinhos: tomar mel para adoçar a voz. Entusiasmado com a idéia, chispa para o mato e logo encontra uma colméia de abelhas Jataí, produzindo mel num tronco de árvore.
Como não tinha abelha na colméia, come bastante favo de mel. Volta e bate de novo na porta da casa dos cabritinhos:
- Abram, queridos filhinhos. Mamãe traz presentes para todos. São tantas coisas bonitas!
Como o lobo colocou as patas na janela, os cabritinhos perceberam a malandragem do inimigo:
- Não abriremos, não! Mãezinha tem patas brancas. Você é o Lobo Mau. Pode ir dando o fora, seu espertalhão!
O lobo lamenta a falha.
- Desistir, jamais!
Assim pensando, enquanto cogitava novo plano para enganar os cabritinhos, imagina passar pó branco nas patas, assim poderia enganar os filhos da cabra. Então corre à padaria e intimida o padeiro:
- Sujei as patas numa carvoaria. Preciso de um pouco de farinha de trigo para tornar minhas patas branquinhas como antes. Se não me der, mato você agorinha mesmo.
Ameaçado, o padeiro espalha farinha sobre as patas negras do animal. E, pela terceira vez, o lobo bate na porta da casa dos cabritinhos, disfarçando a voz:
- Abram, filhinhos, aqui está a mãezinha, carregada de boas coisas para meus queridos filhos.
Os cabritinhos, ainda desconfiados, gritam:
- A voz é doce, mas queremos ver as patas. Temos muito medo do Lobo Mau.
O lobo, mais do que depressa, põe as patas na janela. Os cabritinhos acreditam e abrem a porta. Que surpresa!... Ao ver o lobo, cada um mais apavorado do que o outro, procura lugar seguro para se esconder. O mais velho foi para o armário. A segunda e a terceira, aninham-se debaixo da cama. O quarto cabritinho se esconde dentro do forno, a quinta, no armário. O sexto, se espreme debaixo da pia e, a sétima, se enfia na caixa do relógio.
Pouco adiantou tanta correria, o lobo não teve dificuldades em encontrar os cabritinhos. Faminto como estava, um após outro foi engolido por ele; apenas a mais novinha é que escapou da sua fúria.
O animal, satisfeito da vida, resolve procurar boa sombra para tirar uma soneca. Não anda muito e encontra um velho pé de Jatobá, bem copado. Debaixo da árvore, respira deliciosamente a frescura e o sossego do lugar e deita ali mesmo para tirar bom cochilo; tão deliciado estava que, em minutos, adormece profundamente.
Pouco tempo depois, a cabra retorna ao lar. Vendo a porta escancarada e tudo de perna para cima dentro de casa, pensa o pior. Desesperada, grita pelos filhos. A caçula responde:
- Mamãe! Mamãe! Estou aqui, na caixa do relógio.
Um fio de esperança nasce no coração de dona Cabra. Imediatamente, desce a filha do esconderijo e, com o coração aos pulos, pergunta-lhe:
- Aonde estão seus irmãos?
A cabritinha, mesmo soluçando, relata o acontecido. Dona Cabra decide procurar o lobo para acerto de contas.
Ao passar pelo pé de Jatobá, avista o lobo dormindo; roncava tanto e tão alto que mais parecia o barulho de trem subindo ladeira custosa. Cheia de ódio, dona Cabra se aproxima do inimigo para matá-lo com boas chifradas, mas percebe que alguma coisa se movia dentro da sua barriga.
Surpresa, recua e murmura:
- Ah! Meu Deus! Pode ser meus filhotes, procurando sair dessa asquerosa barriga!
Imediatamente, manda a cabritinha buscar tesoura, agulha e carretel de linha. Logo que chegou com os instrumentos, dona Cabra corta a pança do lobo, que ainda dormia pesadamente. Puxa, foi um alívio! Um dos cabritinhos pula imediatamente para fora. Depois outro, outro, até o último saltar da barriga do Lobo.
Um sorriso brilha nos olhos de dona Cabra.
- Ai, Deus!... Como é bom ver de novo os filhos ao redor da gente!
Que alegria!... Felizes da vida, cada um saltitando mais alegre do que o outro, abraçava com mais força a mamãe cabra.
Emocionada, ela pede aos filhos:
- Pssiu!... Pssiu!... Com essa farra o lobo pode acordar! Vamos buscar pedregulhos para encher sua barriga. E costurar o rasgo.
Em pouco tempo, no lugar dos cabritinhos o lobo tinha pedras no estômago. A cabra, satisfeita com a operação, chama os filhos para voltar para casa.
Anoitecia quando o lobo acordou. Sentido a barriga pesada e uma sede danada, levanta-se e vai para lagoa beber água. Ao caminhar, as pedras chocalhavam umas de encontro às outras, produzindo ruído esquisito.
O lobo acha aquilo estranho e murmura:
A tilintar na minha barriga
Coisa boa!... Não me cheira!
Os cabrinhos tão mansinhos,
Não fazem tanta barulheira:
São pedras e não chocalhos,
Que soam desta maneira.

Ao se curvar para beber água, não suporta o peso das pedras na barriga e cai na lagoa. Esperneia, bufa e rosna. Nada adianta, vai mesmo para o fundo da lagoa e morre afogado.
Os sete cabritinhos, ao saber da notícia, correm para lá, dançando e cantando:

Olé...lê... Olá!... lá....
Agora podemos viver
Mais sossegados.
O Lobo morreu
Na lagoa afogado.

* O Lobo e os Sete Cabrinhos - Reconstrução livre de Welington Almeida Pinto, do livro Contos para Crianças e para o Lar,de Jacob e Wilhelm Grimn

* História revisada de acordo com a nova orientação dos PCNs – Parâmetros Curriculares Nacionais do Ministério da Educação - para reedição do livro infantil LOJA DE DONS, publicado desde 1993. Texto aberto à crítica e avaliação por todos que defendem uma Literatura Nacional de qualidade, principalmente para a criança brasileira.
Esta história pode ser copiada e distribuida sem direitos autorais, desde que citando a autoria e, se possível nosso site: www.welingtonpinto.kit.net.



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O AUTOR E SUA OBRA
Welington Almeida Pinto
O Autor e sua Obra
Mineiro de São Roque. Em 1971, conclui seus estudos em Passos, Minas. Transfere-se para Belo Horizonte para trabalhar no departamento contábil de uma empresa imobiliária, sem abandonar o gosto pela leitura dos grandes clássicos da literatura universal e a prática de Escritor e Jornalista. Entusiasmado com o movimento cultural da Capital, freqüenta as reuniões da Academia Mineira de Letras e outras instituições culturais da cidade.
Em busca de novos horizontes culturais, viaja por cidades da Europa e das Américas, onde manteve produtivo contato com artistas e entidades produtoras de cultura. De 1972 a 1976, estuda no Centro de Pesquisas de Artes Plásticas da ACM, especializa-se em Publicidade e funda sua agência.
No Teatro, produz A Cela, de sua autoria. Depois adapta e monta Flicts, de Ziraldo, como peça adulta; ambas dirigidas por Luciano Luppi. Participa da equipe de produção do espetáculo A Noite dos Assassinos, de José Triana, dirigida por Paulo César Bicalho. Adapta O Pequeno Príncipe, de Antoine Saint-Exupery, para teatro infanto-juvenil, com trilha sonora de Fernando Boca, direção de Noema Tedesco. Publica Aula-Viva, com 6 scripts sobre assuntos da História do Brasil para aplicação em Sala de Aula.
Eleito para o Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais, associa-se também à UBE – União Brasileira dos Escritores/São Paulo,SP, à ABRALE-Associação Brasileira de Autores de Livros Educativos/São Paulo, SP e à AEI-LEJ - Associação de Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil/Rio de Janeiro.
Publicou contos infantis no Gurilândia, do Estado de Minas, Belo Horizonte, Zero Hora Infantil, Porto Alegre e Gazetinha, do Gazeta do Paraná, Curitiba.

Livros Publicados

Coleção Infantil Vitória Régia/Edita, 1997:
* A Águia e o Coelho
* Clin-Clin, o Beija-Flor Mágico
* Tufi, o Elefante Equilibrista
* Seu Coelhino, em Viagem ao Sol
* O Gato-do-Mato e o Preá
* A Caçada
* O Ataque do Furadentes

Literatura Adulta:
* A Cela- Helbra/1973
Poesia:
* Antologia Poética - Edita/1980

Toponímia:
* Dicionário Geográfico e Histórico do Estado de Minas Gerais – Edita, 1986
* Dicionário Geográfico e Histórico do Estado de São Paulo – Edita, 1987

Coleção Legislação Brasileira/Edições Brasileiras/1993:
* O Condomínio e suas Leis
* Licitações e Contratações Administrativas
* A Empregada Doméstica e suas Leis
* Lei do Inquilinato
* Assédio Sexual no Local de Trabalho

Coleção Infanto/Juvenil/Edições Brasileiras/1998:
* Malta, o Peixinho-Voador no
São Chico
* Santos-Dumont, no Coração da Humanidade
* A Saga do Pau-Brasil

Dramaturgia:
* A Cela – peça adulta, adaptação do livro “A Cela”
* Flicts - adaptação do livro “Flicts”, de Ziraldo.
* Pequeno Príncipe - adaptação do livro “O Pequeno Príncipe”, de Saint Exupery
* História do Brasil, em Aula Viva - adaptação de temas históricos para teatro,aplicados em sala de aula - Edita/1978.

Ver livros nos sites: www.welingtonpinto.kit.net/

www.literaturanacional.kit.net/


www.ensinofundamental.kit.net/


www.legislacaobrasileira.kit.net

www.ministeriodacultura.kit.net/


E-mail: welingtonpinto@globo.com.br

* O livro é um instrumento importante na luta pelo
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