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Infantil-->O GATO DE BOTAS -- 17/03/2003 - 04:32 (Welington Almeida Pinto) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Welington Almeida Pinto

Um moleiro da cidade Islington, na hora da morte, chama os três filhos e reparte entre eles a fortuna: um moinho, um burro e um gato. O mais velho fica com o moinho; o do meio com o burro e o caçula, com o gato.
Insatisfeito, o mais novo que se chamava Agamenon, reclama:
- Que fazer com um velho gato?
Com pena, os dois oferecem trabalho ao irmão:
- Você pode puxar o burro, levando o trigo até o mercado.
Agamenon nem responde. Balança a cabeça, pensativo, enquanto estalava as unhas nos dentes. O gato, ao lado, percebe a tristeza do amo, e diz:
- Não se aflija, amo. Provarei que sua parte é a melhor. Sou tão esperto que aprendi a falar. Se confiar em mim, em pouco tempo se tornará um dos mais ricos do Reino.
O rapaz, como nunca tinha ouvido gato falar, surpreende-se:
- Então, você é um gato falante?!?... Mesmo assim, não vejo nada que possa fazer por mim.
- Ah, é! Preciso apenas de um saco, um chapéu e um par de botas.
Agamenon solta uma risada:
- Rá-rá!... O que um gato pode fazer com esses apetrechos?
- Aposte e verá. – afirma o bichano, confiante.
- Bem, se for bom como é para caçar ratos... Pensando bem, não tenho nada a perder.
- Só tem a ganhar.
Em tom de segredo, o gato abaixa a voz:
- Não conte nada a ninguém, muito menos aos seus irmãos.
Embora desconfiasse, Agamenon atende o pedido do gato.
Na manhã seguinte, o felino calça as botas, coloca o chapéu e põe no lombo o saco com um pouco de farelo dentro. E se manda para o mato, onde sabia encontrar bons coelhos.
Em pouco tempo pega um coelho e corre ao Palácio. Diante do rei, tira a caça do saco, pronunciando:
- Majestade, trago um coelho para Vossa Excelência, oferecido pelo senhor John, meu bom amo.
- Obrigado. Há tempos não vejo coelho tão gordo. Diga a ele que adorei o presente.
No dia seguinte, Gato de Botas corre ao campo de trigo e prende duas perdizes e as leva ao rei. Durante mais de dois meses, sem falhar um dia, oferece ao monarca boas caças, tudo em nome de senhor John.
Certo dia, sabendo que o rei iria passear com a filha pelas margens do rio, alerta seu dono:
- Chegou a hora, amo. Amanhã, tomará banho no rio. Quando a carruagem do rei estiver passando, finja que está afogando. Não se esqueça, para o rei seu nome é Senhor John. O resto é por minha conta.
Agamenon, mesmo sem compreender as intenções do gato, atende seu pedido. Quando o esperto felino avista o rei e comitiva perto do rio, pôs-se a gritar:
- Acudam! Acudam! Meu amo está se afogando!
O rei, ao ouvir os gritos do gato, ordena aos guardas para socorrer o homem. O gato corre à carruagem e fala que ladrões roubaram as roupas de seu amo. Comovido com a triste situação, o monarca manda buscar no Palácio o mais belo traje para senhor John.
Com roupa nova, trajando manto de cetim e emblemado barrete, ambos na cor púrpura, o moço toma ares de um verdadeiro príncipe, despertando o interesse da bela princesa. O rei, também entusiasmado com a elegância de John, convida o jovem a acompanhá-los no passeio pelas margens do rio.
Gato-de-Botas, ao sentir o sucesso do plano, dispara na frente da comitiva. Quando encontra camponeses cuidando dos campos, impõe-lhes:
- Boa gente, se não disserem ao rei que estes campos pertencem ao senhor John, mandarei enforcar todos.
O rei, ao passar pelos camponeses, pergunta-lhes de quem eram aquelas propriedades. Eles respondem:
- Tudo isto pertence ao senhor John.
Sempre correndo na frente, o Gato, ao ver outros colonos na colheita de trigo, alerta-os:
- Boa gente, se não disserem ao rei que todo este trigo pertence ao senhor John, mandarei cortá-los em pedacinhos.
Quando o rei passou e lhes perguntou a quem pertencia aquele trigo, eles afirmaram:
- Tudo do senhor John.
O gato chega ao magnífico castelo do feiticeiro, dono de todas aquelas terras. Apresenta-se rasgando um tremendo elogio ao bruxo:
- Contaram-me que o senhor é o maior dos mágicos. Tem poder de se transformar em qualquer animal. É verdade?
- É, sim - responde o feiticeiro exultante. - Para mostrar-lhe, vou me transformar num Leão.
Puxa vida! Quando o gato depara na sua frente um leão de verdade, leva um susto tão grande que pula para o telhado. Momentos depois, o feiticeiro volta à forma de homem, ele desce e faz outro desafio ao mago:
- Também me disseram que o senhor é capaz de virar um animalzinho pequeno. Rato, por exemplo. Confesso que julgo isso impossível.
O feiticeiro solta uma gargalhada:
- Impossível!... Esta palavra não existe no meu dicionário. Rato!... O senhor verá como é fácil.
Dito isso, o feiticeiro transforma-se num rato passeando tranqüilamente pela sala. Ah!... Para quê!... Na mesma hora o gato, com seus olhos alegres de tanta satisfação, salta em cima do rato e engole o pobrezinho de uma só bocada.
Nesse instante, ele escuta o ruído da carruagem do rei, chegando ao castelo do feiticeiro. Mais do que depressa, corre à porta de entrada e anuncia:
- Majestade, seja bem-vindo ao castelo do senhor John.
O rei surpreende-se:
- Este castelo também é do senhor John?
Agamenon, ou melhor, senhor John, também bastante esperto, já andava de mãos dadas com a princesa. O rei quis descer e conhecer a imponente construção. Ficou tão impressionado com o que viu, que logo oferece a filha ao senhor John em casamento:
- Senhor John, creio que gostaria de se casar com minha filha?
- Claro que sim.
- E você, minha filha, o que acha?
- Aceito, também.
Radiante com a decisão do rei, dias mais tarde, numa cerimônia suntuosa, os dois jovens se tornam marido e mulher, para delírio dos súditos. Tiveram vários filhos e governaram o reino com sabedoria e bondade por longos anos.
O Gato de Botas foi nomeado conde. Nunca mais correu atrás de ratos a não ser para se divertir. Como era gato de boa índole e de bom coração, pediu ao rei que fosse conferido grau ducal ao irmão mais velho de John, que passou a chamar Sir Tom. Ao outro, Sir Thomas, que fosse promovido à nobreza e recebesse um Condado, além de garantir promoções similares a outros parentes de seu amo, que se tornaram grandes servidores da coroa.

* O GATO DE BOTAS - Adaptação livre de Welington Almeida Pinto


* História revisada de acordo com a nova orientação dos PCNs – Parâmetros Curriculares Nacionais do Ministério da Educação - para reedição do livro infantil LOJA DE DONS, publicado desde 1993. Texto aberto à crítica e avaliação por todos que defendem uma Literatura Nacional de qualidade, principalmente para a criança brasileira.
Esta história pode ser copiada e distribuida sem direitos autorais, desde que citando a autoria e, se possível nosso site: www.welingtonpinto.kit.net.



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O AUTOR E SUA OBRA
Welington Almeida Pinto
O Autor e sua Obra
Mineiro de São Roque. Em 1971, conclui seus estudos em Passos, Minas. Transfere-se para Belo Horizonte para trabalhar no departamento contábil de uma empresa imobiliária, sem abandonar o gosto pela leitura dos grandes clássicos da literatura universal e a prática de Escritor e Jornalista. Entusiasmado com o movimento cultural da Capital, freqüenta as reuniões da Academia Mineira de Letras e outras instituições culturais da cidade.
Em busca de novos horizontes culturais, viaja por cidades da Europa e das Américas, onde manteve produtivo contato com artistas e entidades produtoras de cultura. De 1972 a 1976, estuda no Centro de Pesquisas de Artes Plásticas da ACM, especializa-se em Publicidade e funda sua agência.
No Teatro, produz A Cela, de sua autoria. Depois adapta e monta Flicts, de Ziraldo, como peça adulta; ambas dirigidas por Luciano Luppi. Participa da equipe de produção do espetáculo A Noite dos Assassinos, de José Triana, dirigida por Paulo César Bicalho. Adapta O Pequeno Príncipe, de Antoine Saint-Exupery, para teatro infanto-juvenil, com trilha sonora de Fernando Boca, direção de Noema Tedesco. Publica Aula-Viva, com 6 scripts sobre assuntos da História do Brasil para aplicação em Sala de Aula.
Eleito para o Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais, associa-se também à UBE – União Brasileira dos Escritores/São Paulo,SP, à ABRALE-Associação Brasileira de Autores de Livros Educativos/São Paulo, SP e à AEI-LEJ - Associação de Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil/Rio de Janeiro.
Publicou contos infantis no Gurilândia, do Estado de Minas, Belo Horizonte, Zero Hora Infantil, Porto Alegre e Gazetinha, do Gazeta do Paraná, Curitiba.

Livros Publicados

Coleção Infantil Vitória Régia/Edita, 1997:
* A Águia e o Coelho
* Clin-Clin, o Beija-Flor Mágico
* Tufi, o Elefante Equilibrista
* Seu Coelhino, em Viagem ao Sol
* O Gato-do-Mato e o Preá
* A Caçada
* O Ataque do Furadentes

Literatura Adulta:
* A Cela- Helbra/1973
Poesia:
* Antologia Poética - Edita/1980

Toponímia:
* Dicionário Geográfico e Histórico do Estado de Minas Gerais – Edita, 1986
* Dicionário Geográfico e Histórico do Estado de São Paulo – Edita, 1987

Coleção Legislação Brasileira/Edições Brasileiras/1993:
* O Condomínio e suas Leis
* Licitações e Contratações Administrativas
* A Empregada Doméstica e suas Leis
* Lei do Inquilinato
* Assédio Sexual no Local de Trabalho

Coleção Infanto/Juvenil/Edições Brasileiras/1998:
* Malta, o Peixinho-Voador no
São Chico
* Santos-Dumont, no Coração da Humanidade
* A Saga do Pau-Brasil

Dramaturgia:
* A Cela – peça adulta, adaptação do livro “A Cela”
* Flicts - adaptação do livro “Flicts”, de Ziraldo.
* Pequeno Príncipe - adaptação do livro “O Pequeno Príncipe”, de Saint Exupery
* História do Brasil, em Aula Viva - adaptação de temas históricos para teatro,aplicados em sala de aula - Edita/1978.

Ver livros nos sites: www.welingtonpinto.kit.net/

www.literaturanacional.kit.net/


www.ensinofundamental.kit.net/


www.legislacaobrasileira.kit.net

www.ministeriodacultura.kit.net/


E-mail: welingtonpinto@globo.com.br

* O livro é um instrumento importante na luta pelo
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