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Erotico-->Drummondiana Opus #02 -- 03/04/2004 - 22:15 (José Ricardo da Hora Vidal) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
(Para Karinina R. M.)

Salvador, 30 de junho de 2003

Teu jovem quarto de solteira,
Nunca mais entrarei – nunca mais!
Uma muralha de neve e lágrimas
Impede-me de relembrar
As doces horas que passamos juntos.

Ainda me lembro (como eu lembro!
Aqui no meu quarto escuro de poeta),
O amor que fluía em teu quarto,
Em nosso ninho de amor.
Em tua cama de condessa da Lua.;
Teus olhos aninhavam em meu colo,
Tuas mãos passeavam em meu torso,
Teus lábios massageavam aos meus.

As horas e o século eram eternos
Quando nós dois nos amávamos,
Assim calmos,
Assim castos,
Assim serenos,
Assim sinceros,
Como duas crianças felizes e marotas.

Amávamos – e isso bastava por si!
Amávamos – e alcançávamos o infinito!
Amávamos – e amor era o limite!
Amávamos – como dois pássaros livres
Que passeiam no crepúsculo do horizonte outonal…

Ainda me lembro quando em meus poemas,
Sem malícia, eu pude beijar teus seios
Que tu me oferecias como sacerdotisa.
E como um deus renascido,
Meus lábios tocaram tua pele,
Dentro de teu jovem quarto de solteira,
Na tua cama de condessa da Lua.

Hoje, esses beijos são águas mortas do passado.
Tu dormes em teu quarto de solteira.
(Com quem, para meu desespero?!?!)
E eu, no meu quarto escuro de poeta,
Sofro sem a tua alma metade da minha.
Perdido nas brumas da loucura,
Sofrendo o frio, a tristeza e a escuridão,
Atrás de uma muralha de neves e lágrimas
Reverbera em meu peito ferido
As lembranças de nosso amor,
Que um dia nós juramos ser infinito
E hoje jaz morto em teu coração…


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