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Cronicas-->O provedor -- 16/06/2004 - 01:09 (Vera Ione Molina) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Na minha infància, era do pai que os filhos se aproximavam quando desejavam algum favor material, geralmente simulando carinho porque, na verdade, não o sentiam. Ao pai era dada a tarefa de sair para a rua, trazer dinheiro para casa. A mãe era a doce criatura que as crianças podiam acariciar, elogiar, beijar. Houve a necessidade daquela doce criatura sair para a rua atrás de dinheiro, muitas vezes atrás de todo o dinheiro que entra na casa, porque os pais, ou se separaram, ou estão mais sujeitos a ficarem sem rendimentos do que as mães. Existe maior oferta de emprego para as mulheres, elas são mão de obra mais barata. A mãe tornou-se um ser mais poderoso do que o pai de uma geração para a utra e os filhos entraram num sentimento contraditório de amor e ódio com ambos: com o fraco que devia ser forte e com a mais forte que devia ser mais fraca.
Isso não é culpa de um ou outro sexo, é decorrência da falta de preparo para enfrentar um outro momento no qual nos vimos inseridos, quando emprego é quase artigo de luxo.
Pessoas de mentes muito simples, pouco senso de observação e leitura não entendem o fenómeno e se aproximam de mães que vivem dramas familiares, são tiranizadas e até agredidas pelos filhos atónitos, com um: "se fosse comigo eu enchia de porrada, ou se fosse comigo eu cortava a mesada e botava na rua para verem como é difícil viver sem a nossa ajuda", ou outra infinidade de "se", utilizando-se de frases feitas.
Esses amigos que se dizem dispostos a ajudar a mãe agredida caem fora, ou por ignorància, ou por se julgarem tão sábios conselheiros que com a sua frase mágica resolveram o problema do outro.
Por algum motivo estamos vivendo num mundo onde quem mais se doa, mais é repudiado e só a partir de muito estudo e reflexão emergirão alternativas para essas duas gerações perdidas e ansiosas por encontrarem, ao menos uma saída para os mais jovens que, teoricamente têm muitos anos pela frente e não estão sabendo se preparar para vivê-los.
Vera Ione Molina
Homepage: www.veramolina.com.br
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