Soneto XXX
Tere Penhabe
Sim, eu sei, no bosque dos sonhos andei
à cata da minha alma fugidia
que rebelde, despedaçou as grades
em busca do amor que ainda sentia.
Vi, algures, a outra alma cativa
que terna, estendeu sua mão à minha
ferida nos dois pulsos, por algemas
envolta na esperança que não tinha.
Corremos juntas, em nossas fantasias
cantando sob a chuva e sol de outono
no encanto que nos concedeu o clima.
Do bosque, esses duendes algum dia
hão de vir ver-me (a fé não perderia)
mas não sei se até lá estarei viva...
Santos, 10.04.2007
www.amoremversoeprosa.com |