Soneto XXXII
Tere Penhabe
Quem andar por onde eu tenha andado
verá que poeta eu jamais serei
foram sumariamente condenados
meus versos, (de tão confessos, que eu sei).
Não suplico por eles, que a poesia sou eu
condenem e matem, se assim lhes aprouver
verão das cinzas renascer um verso meu
em qualquer canto onde eu estiver.
Verso bastardo, sem nobre linhagem
mas por certo gritará, quem fui um dia
mera aprendiz que a consciência não temia.
Defendeu a liberdade, a insanidade
que de ser sóbria se cansou, entristeceu
não encontrou o amor, antes morreu!
Santos, 10.04.2007
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