Eu sacudo!
Por vários anos deu cansaço a tanta gente
Comeu, dormiu, cresceu, comeu e assim prossegue
Durante o dia à sua cama está entregue
Chegada a noite, vai dormir o indolente.
Se alguém reclama, o mandrião já se aborrece
Mas eu prefiro sacudir o ocioso!
Fazer tremer o seu espírito adiposo
E convida-lo ao trabalho – que enobrece.
E o que acontece se não sobe e se não desce?
Aponto, afirmo, digo, grito pelo mundo
Incomodando e delatando o vagabundo.
É o que acontece quando nada acontece:
Aponto, afirmo, digo, grito pelo mudo
E porque sou homem sacudo, então sacudo!
|