VOCÊ É VULNERABILIDADE QUE EXISTE EM MIM
Ah! Essa é boa, voltei a me sentir jovem!
Meu Deus, como pude me achar velha?!
Só porque alguns anos se passaram,
Tive algumas experiências ruins,
Outras boas,
Outras marcantes,
Outras decisivas,
E outras,
E outras,
E outras.
Ah! Se não sou jovem, estou jovem – de novo!
Mas esse não é o problema (se é que existe algum),
A questão é: quem está causando esse furor na minha vida?
Quem é esse homem que surgiu do nada e desmanchou todo o equilíbrio que anos após anos eu fiz questão de construir?
Como é que pode um simples olhar me deixar tímida,
E ao mesmo tempo louca de desejo?!
Não sabia mais o que era isso...
Nem a timidez, nem o desejo.
O simples cruzar dos olhares é o suficiente pra me deixar estremecida,
Inquieta,
Alerta,
Vulnerável.
Eu te olho,
Você me olha,
E você vem...
E isso já é motivo pra eu sorrir – por dentro – pois meu coração já bate forte!
Seus passos são seguros,
Firmes,
Decididos.
Sim, eu sei que você quer,
E eu sei também que você sabe que a recíproca é verdadeira.
Ah... não me importo!
O que me agonia é essa sensação de inexperiência,
De não-saber,
De novidade,
Quando nada disso é novo pra mim! – ou é?
Não sei...
Só sei que seu cheiro inebria,
Seu toque queima,
Seus pêlos acariciam,
Sua pele marca,
E seus lábios? Macios!
Isso eu pude notar mesmo antes de beijá-los!
O que eu mais sei?
Só sei que quero conhecer o desconhecido,
Experimentar o novo,
Explorar esse turbilhão de emoções que agora afloram de mim sem permissão.
O que quero?
Você! E tudo que lhe acompanhar!
O que fazer?
Isso é fácil: realizar meus desejos incubados.
Desvendar seu olhar,
Provar o seu gosto,
Espalmar minhas mãos nesse peito moreno,
Misturar os pêlos, a pele, os músculos e carne.
Impregnar-te com meu cheiro,
Marcar-te com unhas, suor, e saliva.
Enlaçar entre pernas,
Envolver,
Deixar-me mergulhar e ir...
Ir até o fim.
Fim? Nunca! Parar? Jamais!
Não dá... eu tento ter calma, frear meus impulsos,
Mas não dá!
Você desperta em mim meu lado mais indomável,
Selvagem,
Apaixonado.
O que é isso, meu Deus?
(Nossa, nem deveria Lhe chamar no meio de tanto furor!).
Sim!
É paixão. É desejo. É tesão.
E coisas que ainda não quero dizer,
E outras que ainda não sei...!
Sei. Não sei. Sei. Não sei.
Só você consegue me deixar assim: vulnerável.
Não tem jeito!
Você é a vulnerabilidade que existe em mim.
DANA SANTOS – 08/06/2007
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