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Erotico-->Amiga odiada (2) -- 20/04/2004 - 16:13 (Marcos Lazaro da Silva Bueno) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Com estas palavras, Paula se levanta e as duas de mãos dadas se dirigem para o quarto. Eu, rapidamente fecho a porta do quarto e corro para o buraco na parede. Eu que até agora escutava pouco, ou muito pouco, passo a não escutar. Quando chego ao buraco, Paula está seduzindo Rafaela, rolando e se tocando sobre a cama. Rafaela ajoelha-se sobre um tapete que fica ao pé da cama, e debruçando-se sobre ela, passa a admirar a performance e o corpo de Paula. As duas trocam algumas palavras, e então Paula vem de frente até Rafaela, que a enlaça com os braços, puxando-a contra os seios.
Em silencio, contemplou Paula com sofrimento. Recomeçaram as caricias, os beijos se correspondendo, as mãos correndo pelo corpo em toques hábeis e sutis. Os olhos de Paula exprimiam desejo e espera, os de Rafaela, a desordem dos sentidos. Coradas, animadas pelo fogo do desejo, elas pareciam brilhar diante de meus olhos. Esta fúria delirante, graças à paixão que as duas estavam tomadas, conseguia de alguma maneira tornar poética o espírito de devassidão a que estavam tomadas, falando assim, ao mesmo tempo ao sentido e a imaginação.
Fascinado com a cena, deveria ter voltado à razão e ter me condenado por ter deixado que fizessem tal loucura, mas logo me sentia movido, aquecido e tomado pelo desejo. Impossibilitado de ir me juntar as duas, parecia uma fera enjaulada ou atormentada pelo cio, devorando com os olhos as fêmeas através da jaula. Permaneci imóvel feito um estúpido, como rosto colado junto ao buraco, por onde ambicionava por minha tortura, verdadeira tortura de condenação ao inferno. Terrível e insuportável tortura que começa pela cabeça se mistura ao sangue, se infiltra pelos ossos até a medula, queimando feito fogo. Sofria demais. Parecia que meus nervos, tensos e irritados se rompiam. Minhas mãos suadas por tanta tensão, se apoiavam na parede. Ao invés de respirar, espumava. Perdi a razão, furioso condenava-me pelos fatos, e assim começava a me masturbar. Senti toda minha força agitar-se entre meus dedos, crescer por um instante para depois escapar em jatos ardentes, como uma erupção de fogo. Que gozo! Gozo este que após o ato nos é estranho, que magoa e nos atira por terra.
Quando voltei a mim, não consegui pensar no que havia acontecido. Os olhos se fechavam, e a custo mantinha a cabeça erguida. Pensei em abandonar o meu posto, mas um gemido forte me fez ficar. Não era dono de mim, pertencia ao demônio. Enquanto minhas mãos se ocupavam em reanimar minha virilidade, meus olhos mergulhavam na contemplação daquela cena que me levava à desordem mental.
As posições haviam mudado. As duas fazendo um X, friccionavam seus sexos um contra o outro, misturando seus pêlos, seus sulcos... Enlaçavam-se com uma voracidade e vigor que só a aproximação do gozo entre duas mulheres e capaz de proporcionar. Pareciam querer partir-se ao meio, tal a violência dos movimentos e urgência da respiração.
_ Delicia! Isso! Assim! Vai! Me mata! Me... Vai! Não para! Não para! – disse Paula.
_ Isso... Geme! Geme gostoso para mamãe! Isso! Goza! Goza para mamãe! –disse Rafaela.
_ Vai! Mete nessa... gostosa! Mete! Vai! Vai! Não para! Não para! Ah! Ah! Ah! Ah! Ahhhhh! ...ãoooooo! – gemia Paula.
Paula sem forças cai sobre o travesseiro, enquanto Rafaela se tocava e lambia os dedos com o gozo de Paula. Eu seguia meus instintos e seus suspiros, e como elas, cheguei ao gozo novamente.
Após alguns minutos, recuperando minhas forças, voltei a muito custo ao meu posto, foi quando as ouvi conversando.
_Que cansaço! Estou quebrada, mas o prazer que senti... – comentou Paula.
_ Quanto mais longo o esforço, mas cansativo. Ao mesmo tempo o gozo é também mais vivo e prolongado. – respondeu Rafaela.
_ Eu senti. Estive por mais de cinco minutos mergulhada numa espécie de vertigem. A sensação percorria todos os meus membros, o meu corpo... A fricção dos pêlos contra a pele sensível causava em mim uma excitação tal, uma coceira interna que me devorava. Estava em chamas, na satisfação plena dos sentidos. Que loucura, que felicidade... O gozo! Ahhhh! Finalmente entendo o sentido dessa palavra. Mas uma coisa me intriga Rafaela. Como você, tão jovem ainda, tem essa experiência dos sentidos? Antes disso eu seria incapaz de imaginar que tal prazer existisse, que eu fosse capaz de senti-lo. De onde vem seu conhecimento? De onde vem essa paixão que me confunde, e às vezes, me assusta? A natureza não nos terá feito assim, dessa forma?
_ Então você quer conhecer?
_ Quero.
_ Esta bem. Então me enlace em seus braços. Cruzemos nossas pernas e nos abracemos feito amantes. Esta é uma história que pode nos subir a cabeça e nos dar novos desejos. Se prepare.
_ Estou escutando Rafaela, estou escutando.
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