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cronicas-->ALQUIMIAS -- 05/07/2004 - 10:04 (Maria Luiza Kuhn) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
ALQUIMIAS

Por mais que eu tente ter tudo sob absoluto controle, que é o que me exige a minha parte cartesiana, sou surpreendida por uma estranha traição de mim mesma.
Olho no espelho e parece que ele entrou na era cibernética e tem varias dimensões, porque me enxergo múltipla.
Alquimias fazem ebulição no meu ser. Às vezes parece que minha pele vai arrebentar não contendo as muitas vidas que se multiplicam em mim.
Saio a catar explicações filosóficas e antroposóficas e nada consigo entender. Recaio num rio de obviedades.
O racional há muito briga com o emocional e eu, na terceira dimensão, tentando dar-lhes o equilíbrio.
Estou sempre em alerta.
Só o que afugenta este estado permanente de vigília, são os versos que vertem do meu peito. Sim, porque eles nascem na cabeça e saltitam pelo corpo, passam pelas minhas veias e vertem do peito. Aí mesmo, nesta parte da anatomia que sinto as dores do parto de todos eles.
Seguro a boca para que não saiam pulando como palavras que adquiriram sons diretos e vida própria.
Quando a alquimia me surpreende, identificando outras químicas, tudo se desconcerta.
O controle que pretensiosamente quero ter de todas as situações vai me pregando peças.
São espaços no pensamento, calafrios, olhos marejados e mal disfarçados, sonhos e versos denunciantes.
Avanços e retrocessos. Concessões e entregas.
Toleràncias e cobranças
Transgressões e controles. Desatino e prudência..
É tudo uma louca viagem a lugares que às vezes conheço, mas nem sempre reconheço.
Medos me assaltam, mas o pulsar é maior. Vence as barreiras, derruba paredes, sacode a poeira, estende o tapete e eu vou pisando.
É quando a sensação de vida tem fulgores de eternidade.
Sobem da terra dos meus dias vapores perfumados que se espalham no lugar e decretam:
"A vida está aí de presente para você!!"
Eu abraço meu presente e caminhante que sou, vou andando, murmurando meus sonhos que respondem ecos em lugares distantes, de mais sol, numa singular química, sem pele, sem cheiros, sem toques, transmutado em sensações.

Ma.Luiza

JUNHO/2004
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