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Poesias-->SEM DONO, SEM SONHO (reeditado) -- 09/07/2007 - 10:11 (Heleida Nobrega Metello) |
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SEM DONO, SEM SONHO
A noite boceja. se espreguiça
Ensaia um suspiro, ar de enfastio
Encapela as águas do rio
O súbito fustigo da borrasca
Embaça os olhos do menino
Arrasta pipa encharcada
Deitados na margem barrenta
Vão-se sonhos acriançados
A espera de sol e vento
No desmaio do encanto
Não mais balançam papéis de seda
Não mais ecoam notas do canto
Sem linha enrolada, sem fascínio
Vão-se pipas sem rabiola
Sem carretel, sem dono menino
Vão-se soltas, perdidas
Na companhia solitária e distante
da linha do horizonte
Heleida, 2006
fonte da imagem: http://bp3.blogger.com/ |
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