O velho engenheiro Leonel Brizola, raposa de tantas eleições, continua bradando aos quatro ventos que duvida da integridade das urnas eletrônicas. Ele afirma que os votos somem, não somam.
Espiem no site pdt.org.br, que tem um monte de entrevistas e pontos de vista sobre o tema.
Se Brizola tem razão? Não sei. Neste país do jeitinho conseguimos ver de tudo. Cédulas impressas a favor de alguém, complacência, tolerância, mil coisas. Muitas vezes foi assim. Quantas vezes será?
Por que ninguém gosta de falar do relatório final do senador baiano Paulo Souto, que está chegando ao governo da Bahia pelo PFL? Fala da CPI do Judiciário.
E por que o relatório final da CPI das grilagens de terra só levou ao público a história de um juiz do Amazonas quando haviam mais alguns sendo investigados? Estas e outras perguntas que talvez nem devessem ser feitas, para preservar meus poucos cabelos, incomodam.
As urnas são inorgânicas, manipuláveis, e se existem hackers prá tudo quanto é lado, mexendo até nas constas do Bill Gates, que é muito mais seguro do que os sistemas tupiniquins, por que então associar algum tipo de deidade às caixinhas com botões?
Brizola faz uma colocação muito simples. Ele teme que haja problemas no segundo turno. Brizola, Garotinho e outros políticos de oposição estão preocupados.
As elites do país já mataram tantos, já calaram outros tantos, e a pergunta é lícita? Ou o direito de expressão, principalmente no caso de dúvida é crime?
Eu temo também. Ainda acho que Brizola levou o primeiro turno em 1989. Na época o inefável Marcos Coimbra, hoje a frente do insuspeitável Vox Populi era o responsável pelas eleições. Brizola pediu recontagem de votos e foi repudiado.
O resto da história todo mundo sabe. Palhaçada geral. Quando chegou 1994, houve quase um consenso burro. Em 1998 o Brasil perdeu a Copa para a França. Com Ronaldinho estranho. E FHC foi reeleito.
É. Brizola pode duvidar à vontade. Eu só queria que alguém explicasse direitinho para todos nós que Brizola está errado. Só por curiosidade.
