COMO SE FOSSE UM RIO...
Paulo Nunes Batista
São 5 para as 6 de um novo dia.
Acordo no Sorriso de Sai Baba.
O sonho se esvaiu, a noite acaba.
Que me resta, senão fazer poesia?
Perdão, para o enjeitado da alegria,
que se alucina, quando o céu desaba
e nem de leve uma esperança na aba
de livrar-se do Tédio e Nostalgia.
Atroz contradição, que contradiz
tudo o que faço, para ser feliz...
ando sempre repleto de vazio!
Conheço muita coisa: desconheço
a causa dessa Angústia que padeço
e corre em mim como se fosse um rio...
Anápolis, 8/8/2005
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