Os cabelos soltos emolduravam seu rosto sombrio enquanto as águas do rio deslizavam. Estivera ontem ali, naquele mesmo lugar. Mas hoje, sentia uma sensação bem distinta. Seu coração batia em outro compasso, as margaridas não salpicavam mais a grama e o dia deixara de refletir alegria no espelho da natureza. A tempestade levara toda a transparência das águas. Milhares de pétalas haviam se esvaído pelo campo. Restaram poucos e ralos caules destroçados. O céu cinzento começava a clarear. Quando ela voltou a sorrir, já não eram margaridas a florir. O mato crescia sem cuidado e o rio mais largo sofria com a erosão de seus braços.