Tributo ao diplomata:
Sérgio Vieira de Mello
Maria do socorro cardoso xavier
I
Sergio Vieira de Mello
Diplomata brasileiro
Da Paz, o estandarte
Bela Mensagem falava
Valoroso timoneiro
II
Em outras ocasiões
Conflitos entre Nações
Agiu com retidão
E sentido altaneiro
III
Belo cidadão em Bagdá
Direitos humanos, mormente
Apaziguar o conflito
Presidentes e Califas
coca-cola e xás
trégua ao sofrimento
dor coletiva
território de Alá
IV
Existência encorajada
Por uma causa nobre
Levando a Paz e o Amor,
Integrando-se ao estrangeiro
Em aceno derradeiro
V
Estúpidas causas
O petróleo, o motor
Governantes insaciáveis
no fundo só dinheiro;
que gera o desamor
coisas do poder detestáveis
Em troca só o terror
VI
Guerra: ambição corrosiva
destruidora, voraz
Demônios mancomunados
Tantas somas perdidas
Crianças esfomeadas
Quando, com muito menos
Aids, gritos e tantos ais
Salvaria tantas vidas
VII
Fatalidade de agosto
Arrastou aquele Ser
Tão bem intencionado
Em cumprimento ao dever
Idealista e amigo. Destino:
Terrorista bomba fenecer
VIII
Lutando pelos direitos
Criaturas tão feridas
Soterram-nos aos destroços
Implodidos tantos sonhos
Do Cavaleiro da Paz
Em vida tão refletida
IX
Vieira de Mello: mais
uma vítima que és
banalização da vida
irresponsáveis barnabés
resultado da peleja
de Ianques e Maomés.
X
Avidez do petrodólar
Desenfreada perdição
Inocentes e culpados
Mansos e tiranos
Cruel dilaceração
XI
Filósofo da solidariedade
Democracia e justiça,
Ceifada preciosa vida
com outras tantas anônimas
a morte trágica na lida
XII
A guerra não vê coração
Belo interior de ninguém
Belicismo anti-ético
Queima como vulcão
Processa tritura fria
Jazigo de inanição.