Usina de Letras
Usina de Letras
147 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62213 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10450)

Cronicas (22535)

Discursos (3238)

Ensaios - (10356)

Erótico (13568)

Frases (50606)

Humor (20029)

Infantil (5429)

Infanto Juvenil (4764)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140798)

Redação (3303)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6185)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->Plurais -- 02/08/2007 - 03:55 (osvaldo onofre) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
plurais



Fiz uma canção apaixonada

Para cantar nas madrugadas

exorcisando a solidão:

quis dissimular fantasmas

inventar desculpas

desafundar do chão



Mirei do apartamento

o céu cinzento e áspero

e no cárcere quadrilátero

da janela, me conformo

me basto, dispenso afagos

vivo o mundo na tv a cabo

subtraio-me das ruas

sou da coluna social

estratifico-me no jornal

não curto essas dores



Meu amor, como posso entender

essa tua mania de viver e partilhar

a vida inteira de amor



São tantos os conflitos

são perigos pelas ruas

modos estranhos de viver

desabafos nas janelas

do meu Honda

ameaças ao meu

retangolo swiss made

Jean Vernier

o apartamento ao contrário

me conforta e pouco me importa

se se diz ao reverso de ti,

que a menina seminua da rua,

alguém a fez infeliz



e que os meninos flanelinhas

dos sinais são normais

embora a infância

a fome e a desesperança

lhes tenha sonegado

e o olhar precoce

que lhes resta

é a única matiz,

pouco importa!



Meu amor, como posso entender

essa nossa mania de querer combinar

Se sou assim o teu diverso.

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui