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cronicas-->SITUAÇÕES CONSTRANGEDORAS -- 20/07/2004 - 10:38 (José Renato Cação Cambraia) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
SITUAÇÕES CONSTRANGEDORAS

Todo mundo tem que enfrentar situações embaraçosas. Por mais "cool" que você seja. Acho que essas situações fazem parte do nosso aprendizado na Terra, e só seremos espíritos evoluídos após passarmos por centenas (às vezes milhares) de situações constrangedoras. Algumas delas são clássicas. Vejamos algumas:

*Situações constrangedoras envolvendo garçons*

Dentre as situações nós, homens, somos habituados a enfrentar, como trocar o galão de água e pneu furado, chamar o garçom é uma das mais difíceis e, às vezes, das mais constrangedoras. Principalmente quando queremos impressionar nossa acompanhante demonstrando autoconfiança, liderança e masculinidade. Ser ignorado pelo garçom pode ser trágico, principalmente durante um jantar romàntico. Eu sempre tive dificuldade nessa arte, e admiro aqueles que têm a coragem de chamar o garçom com um barulhento e caloroso "amigo!".

- Amigo!
- Acho que ele não ouviu, Luís Carlos!
- Droga, agora ele foi pro outro lado. Olha, lá, Cláudia, ele tá atendendo aquela família de gordos... eles não chegaram depois de nós?Desgraçado...
- Acho que sim... mas a gente espera. Então, como eu tava dizendo, a Inezinha comprou...
- Ei, amigo! - gritou o Luís Carlos novamente, chamando a atenção de um senhor de bigodes brancos lambuzados de azeite, com cara de leão marinho, que olhou para ele com ar de reprovação.
- Tá olhando o que, ó bigodudo?
- Luís Carlos!
O bigodudo e o Luís Carlos vão parar na delegacia, depois de se esbofetearem. É que senhor de bigodes brancos era muito esquentado e mandou uma lata de azeite na cabeça do Luís Carlos depois de ser chamado de "bigodudo". A Cláudia terminou o namoro, mas a Inezinha disse que viu ela no shopping, de mãos dadas com o garçom.

*Situações constrangedoras envolvendo viagens de avião*

Todos os que já viajaram de avião já passaram por alguma situação constrangedora. Afinal, mesmo os mais viajados tiveram sua primeira vez.

Balcão de informações do aeroporto:
- Bom dia!
- Bom dia, senhor.
- Eu vou para o Encontro Nacional de Comedores de Pimenta, em Salvador, minha filha me deu a passagem, olha só a foto dela aqui na carteira, não é linda? Qual é o avião que eu devo entrar?
- Sim, ela é linda, senhor. Olha, antes do embarque o senhor deve ir até aquele balcão para fazer o check-in...
- Não, eu já paguei a passagem para o agente de turismo!
- Senhor, o senhor precisa fazer o check-in...
- Não vou fazer chequinho porcaria nenhuma, vocês vão ter que ir atrás aquele pilantra do Gonçalo, ele deve ter embolsado meu dinheiro... Salafrário!
- Mas senhor, o check-in...
- Ah, não-vem-que-não-tem, vocês aqui da capital acham que podem enganar todo mundo, não é, mocinha? Já viu que tenho jeito de caipirão, que vai arrancar dinheiro fácil, não é? Vou lhe dizer uma coisa, comigo não! Eu exijo meus direitos, não pago um centavo a mais, polícia! Polícia!
Seu Elifas só foi entender o que era check-in depois de imobilizado e sedado na sala da segurança do aeroporto.

*Situações constrangedoras envolvendo banheiros*

Outra situação muito embaraçosa é usar o banheiro na casa dos outros. Bom, claro que isso depende do tipo da sua necessidade, mas digamos que seja aquela mesma que você está pensando. Sim, a velha e boa número dois. Todo ser humano normal tenta evitar ao máximo essa situação, mas mesmo esses seres humanos pelo menos uma vez na vida comeram uma moqueca meio estranha, ou uma maionese de casamento que ficou doze horas fora da geladeira, que lhes provocou, certamente, aquela urgência insana em encontrar um vaso sanitário ou, em situações extremas, um cantinho escondido qualquer.
Nessas situações, duas coisas horríveis podem acontecer. A primeira é óbvia: o cheiro. Você dá aquela abanada, abre o vitró no máximo, assopra, procura nas gavetas por uma caixa de fósforos (mas, claro, não encontra). A solução é simplesmente dar o fora dali rapidamente, mas tomando todo o cuidado de abrir a porta o mínimo possível.

- Mãe, a senhora viu o Carlos Henrique?
- Ele estava ali mesmo discutindo golfe com o comendador, minha filha, mas acho que saiu... ah, ele é um ótimo rapaz, vocês serão muito felizes... vamos procurá-lo, ah, ali está ele, saindo do lavabo...
- Carlos Henrique, venha conhecer o doutor Peixoto, que é.... humm... ai meu Deus, que cheiro é esse? Isso na sua mão é uma cueca?
- Ah, é que.. humm... bem, eu...
- Aaaarrghhhh!
- Papai! A mamãe desmaiou! Socorro!
Chega o pai:
- O que foi, o que foi? Minha Nossa Senhora, o que é isso?
- Ah, é que.... humm... bem, eu...
- Uooorrrghhh!
- Socorro! O papai está vomitando ininterruptamente!
Chega o doutor Peixoto:
- O que está acontecen... Meu Deus do Céu... Saiam da frente! Saiam da frente, seus idiotas! (o doutor Peixoto entra rapidamente no seu carro, arranca rápido dali e atropela Félix, o gato da família).
Chega o comendador:
- Mas o quê... Argh! (o comendador tem um ataque cardíaco fulminante e morre ali na frente do lavabo).
- Carlos Henrique, está tudo acabado entre nós! Suma desta casa, seu... seu... animal!
Uma semana depois, o pai põe a casa à venda. A família inteira se muda para Curitiba, mas, ainda assombrada pelo passado, todos têm que passar por um tratamento psiquiátrico à base de fortes sedativos.

Eu sei, isso é horrível. Bom, a segunda coisa é mais clássica: acabou o papel higiênico. Nessa situação não há muito que fazer. Já ouvi de alguns que usaram a própria cueca para se limparem, ou o tapete do banheiro, ou até Félix, o gato que entrou ali na hora errada. O problema é se livrar adequadamente da prova do crime. Dizem que isso é mais difícil do que se livrar de um corpo. É por isso que, sempre que vou ao banheiro, levo o celular.

- Aló, Rubão? Cara, me ajuda, é o Carlos Henrique. Eu tó na casa da Telminha, no lavabo, fui passar um fax e só agora vi que não tem papel!
- Sem problema, irmãozinho! É só você me passar o endereço!
- É na Rua...
- Piiii...
- Não! Não! Acabou a bateria! Nãããããoo!
Do lado de fora do lavabo:
- Mãe, a senhora viu o Carlos Henrique?

Existem muitas situações constrangedoras que podemos (e iremos) passar. Em qualquer uma delas, o negócio é não perder a calma e a elegància. Levante a cabeça, estufe o peito e mostre aquele belo sorriso amarelo. Nos casos mais extremos, finja-se de bêbado, de morto ou simplesmente saia correndo e convença você mesmo de que aquilo nunca aconteceu. Nesse caso, não se esqueça de nunca mais voltar àquele lugar, a não ser que você esteja disfarçado de freira ou de policial.




Renato Cação Cambraia já se envolveu em situações constrangedoras, mas não se lembra de nenhuma porque estava bêbado.
BECO/ A SEMANA, SEI LÁ QUANDO
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