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Infantil-->A Lenda de Anabel -- 03/04/2003 - 18:14 (Christina Cabral) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
LENDA DE ANABEL
História Infantil
(Também para a criança que continuamos a ter dentro de nós)


A bela princesa Anabel vivia enclausurada, isto é, presa, em enorme castelo, em cima de um alto rochedo, na beira do mar. Atraída pelo barulho das ondas que explodiam na base de pedra de sua prisão, Anabel debruçava-se em sua janela e ficava horas apreciando o movimento das vagas, que se formavam à distância e vinham sempre crescendo de encontro ao penhasco e, com estrondos, se transformavam em chuvas de espumas.

Anabel se emocionava com a força do mar, com a violência com que sugava de volta as suas águas para jogá-las de novo, num movimento constante, contra as rochas. Namorava o vôo livre das gaivotas e albatrozes – que são grandes pássaros marinhos, que possuem fortes asas . Ah! se ela também possuísse asas...

O rei de Maridom, pai de Anabel, reservava a sua filha para casá-la com o príncipe Azur, de Porto Alto, reino vizinho, pretendendo com este casamento aumentar os seus domínios.

Anabel chorava sentidamente porque temia o tal príncipe, cujo mau gênio e brutalidade eram conhecidos por todos. A princesa ansiava por liberdade, sonhava em viver em uma ilha distante, percorrendo descalça as praias, convivendo simplesmente com os pássaros, que facilmente se alimentavam dos produtos do mar. Para arranjar um amigo alado, ela passou a colocar migalhas e pedaços de carne no peitoril da janela.

Foi com alegria que um dia viu se aproximar um imenso albatroz que roubo um pedaço de carne de sua mão e, rápido, se afastou.

Desse momento em diante, Anabel passou a esperar o seu amigo que vinha comer em suas mãos e ficar horas ao seu lado. O pássaro parecia entender o carinho que ela lhe dedicava e as palavras tão meigas com que lhe falava, a ouvir os seus sonhos e até fazer parte deles.

O tempo passou rápido e chegou o momento dos preparativos do casamento de Anabel com o terrível príncipe Azur. A princesa chorava e as sua lágrimas caiam sobre as penas do seu querido Albatroz.

No dia aprazado para o casamento, o castelo amanheceu em festa. Chegaram reis, rainhas e nobres dos reinos vizinhos. O pátio do palácio se achava repleto de moradores de Maridom, de caçadores e súditos do rei, que vinham trazer presentes para a gentil princesa.

No seu quarto, já toda vestida de branco, Anabel sofria e retorcia as mãos em desespero, enquanto lá em baixo, o mar. furioso, surrava o paredão do castelo. As aves, em grande revoada, piavam revoltadas e, no meio delas o albatroz grasnava.

Não suportando a idéia de se afastar de seus amigos e casar-se com desprezível noivo, Anabel atirou-se nas pedras do penhasco.

Dizem que o rei, seu pai, o príncipe Azur e os cortesões viram quando o corpo de Anabel foi amparado pelo albatroz que, ajudado pelas gaivotas, levou-o às alturas e depois, piando, grasnando, felizes, desapareceram com ele na linha do horizonte, rumos às ilhas distantes.

Isto se passou, lá no reino de Maridom, num castelo junto ao mar.
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