Enfrento o gemido do vento que toca avisando que é hora de sair!
Caminhantes como os meus sonhos vão surgindo as fagulhas de luzes acordando os dormidos sonhos!...
Navegam descobrindo as fronteiras do invisível sem a certeza de descortinar o seu imotivado silêncio!
Está obscura essa lidimidade do gosto!
Saio sem trégua!
Não escarneço do meu tempo...
ele evolui sem ranço, mas produz a rancidez em face das trevas contidas na espera!
Horas afiadas introjetando a esperança amarelecida ocupando o lugar daquilo que poderia ter sido!...
Silentes minutos findos,
apunhalaram-me os olhos e
entressacharam gotas de amargor no meu coração!
O vento passou e
registrou o seu tempo sem constranger-se com a fuga desprovida...
mas deslocou-se abrindo novas fronteiras e
caldeando outros sonhadores à espreita do ser amado!
Na lide com o vento restou-me apenas a suavidade do seu cheiro igualado à brisa do mar... e por ter essa esperança como alvíssaras numa gota de possibilidade... abrirei as asas da minha alma e alçarei vôo para bem perto de ti!
©Balsa Melo
12.08.07
Cabedelo - PB
Brasil