Arrivista das cores insanas
De longe o muro que vi
Trilhas supostas em trinos
Nas cores do Sol que pintam
Tem nas travas de madeiras que suportam
O medo passageiro de ontem
Cores abstratas da ameia
Lança que alça o estandarte
No Jardim tem rosas vermelhas
No bouquet algumas acácias também
Nestas terras de Sabóia, balaustres
Cada marca deixada pela via
Tão expressa quanto sintética
No canto que trago pelo coração
O afago de mais um boa caneca
Vinhas contidas, sortidas seivas
O castelo que bem te recebe
Vinde por estas águas quentes e naturais
Um beijo é a senha para adentrar ao castelo.
*** * ***
VIGIO AS CORES AO LONGE
Maria Petronilho
Sento-me á tarde á janela
Sobre o mar.; espero por ti
Vigio as cores ao longe
Onde azuis se entretecem
Rubros e ouro deslumbram
Teus barcos não aparecem!
Sendo a senha um beijo
Peço à brisa mensageira
Que te o leve e breve traga
O retorno à minha beira
Que alcançá-lo é sonho
É tão alto o meu castelo
Onde, sem querer, me quedo!
Tão largo o mar e tão escuro
As rubras rosas desfolho
Guardo o perfume no colo
Onde meus sonhos embalo
E trino só este fado...