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cronicas-->Louzeiro -- 26/07/2004 - 09:56 (Marcelino Rodriguez) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Houve um tempo que eu procurava os escritores famo
sos para pedir orientação e parecer sobre o meu trabalho.
Assim que já faz uns cinco anos que estive
em casa de Jose´Louzeiro, onde passei boa parte d
e um dia. Consola, essas passagens, fazer passar m
ais brando os dias solitários, onde ficamos sós co
m nossos dilemas literários e outros. Lembro bons trechos de nossaas
conversas. Eu lhe falva de meus temores.
-Olha, certos caminhos na vida se abrem assim pra gente,
rapaz, de uma hora para outra. Nunca pensei lá na minha
terra em ser jornalista. Foi assim que derepente veio a
chance de eu vir para o rio. Acabei virando repórter policial.
Apresentei-lhe dois de meus livros, que hoje nao escreveria
mais daquele jeito.
- Don Marcelino, Voce escreve direitinho. Procure nao se isolar
Nao sei de onde ele tirou o Don, que me deixou um tanto
acanhad
- Virei vegetariano porque um dia um medico me disse
e convenceu-me que eu estava comendo um cadaver. Parei para
pensar e vi que ele tinha razao. Hoje nao como mai
s carne.
O discurso de Louzeiro trafegava com simpatia entre o mistico
e o jornalistico.
- Que escritor com os anos de janela que eu tenho ia
querer uma televisao como essa minha...
De fato, a televisao do escritor era simplíssima.
Em determinado momento de nossa conversa chegou um ator
, pedindo-lhe um personagem. Ficamos os tres conversando sobre arte, sociedade
e algumas intrigas dos famosos.
E veio o cafezinho.
Ouvi tambem algumas historias do rio antigo e as artimanhas que se armava
para sobreviver naqueles tempos. Falou me tambem sobre a cultura indiana,
do qual e simpatizante. Hoje a espiritualidade e prioridade
do escritor. Disse-me que quando abandonou a literatura, aposentou-se
e, quase me dando esperança, disse-me:
- Nao morri de fome. Tenho sobrevivido.
Depois sua esposa, no fim da tarde, veio avisalo que era hora de meditaçao.
Despedimo-nos e fiquei feliz com ele.
Nunca mais o procurei, nem por telefone. Fiquei feliz de o escritor ja estar
defendido. E sai de la com a nitida impressao de ter feito um amigo.

24.07.2004
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