Conversa boba na cabine telefónica
[Da fé, da maternidade, da paternidade, da maturidade]
Encontrei-a na cabine telefónica, uma dessas cabines de onde se pode telefonar por um preço muito mais em conta do que pela companhia Belgacom. Não entendi direito o que ela estava fazendo ali....Telefonando não estava, desconfiei que ela estivesse paquerando com o dono da cabine. Mas isso não era problema meu. Bom, eu brasileira, ela brasileira, terminarmos por jogar uma conversinha fora. Contou-me que tinha namorado um turco e tinha tido um filho com ele, o menino tinha agora, nove meses. "Adooooro, meu filho!" Disse. Desconfiada, perguntei: "Cadê seu filho?" "Está lá no Brasil, com a minha mãe."
Ela e o turco se desentenderam, ela foi ao Brasil, teve o filho, deixou-o com a mãe e voltou para a Bélgica. O turco está com um processo na justiça reivindicando seus direitos sobre a criança.
Disse-me também que era Evangélica ou presbiteriana, não sei bem, cristã, em todo caso. O dono da tal cabine é um marroquino muçulmano. Qual não foi o meu espanto ontem ao botar os pés na cabine e ver a moça de véu... isto mesmo, o véu das muçulmanas.
[Cadernos da Belgica]
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