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Teses_Monologos-->A GUERRA NO IRAQUE E O PERIGO PARA A DEMOCRACIA. -- 29/04/2003 - 23:53 (Emilio Carlos Alves) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A GUERRA NO IRAQUE.- (artigo) -Emílio Carlos Alves.

MESOPOTÂMIA ( entre rios), região localizada no Oriente Médio, berço da civilização, palco de diversos e históricos conflitos, onde está situado o IRAQUE. Região de clima inóspito, desértico, rica em petróleo, cenário para a 2ª Guerra deste século.

De um lado os EUA e sua fiel aliada Inglaterra e alguns poucos países, como Espanha, etc. e, do outro, o Iraque de Saddam Hussein.
Enganam-se, todavia, os que pensam que essa luta vem de agora. Vejam o que publicou o jornal americano “The New York Times”.

The New York Times
JERUSALÉM - Militantes muçulmanos, evocando pretextos para uma jihad (guerra santa) e apoiados por Estados sem lei, estão atacando interesses vitais do Ocidente. O presidente dos Estados Unidos não consegue convencer a Europa a aderir a uma coalizão para enfrentar os agressores.

Não, não é o presidente George W. Bush versus Saddam Hussein, mas o presidente Thomas Jefferson versus os piratas berberes do Norte da África, que saqueavam os navios ocidentais e escravizavam suas tripulações. Quando Jefferson propôs a criação de uma força multilateral para conter os piratas, a Europa continuou pagando subornos a eles.

"Isso é jogar dinheiro fora", concluiu Jefferson antes de ordenar que a Marinha entrasse em ação. No dia 1.º de agosto de 1801, foram disparados os primeiros tiros americanos no Oriente Médio, quando a fragata Enterprise, de 36 canhões, derrotou a canhoneira pirata Trípoli perto de Malta.

Em 1804, dois oficiais da Marinha e seis fuzileiros navais lideraram uma pequena força, composta de gregos, árabes e outros, que atravessou o deserto, percorrendo 800 quilômetros "até chegar às costas de Trípoli" e uma esquadra naval americana bombardeou Argel antes que os piratas se rendessem na baía em 1815. Para manter a paz, os Estados Unidos estabeleceram uma esquadra permanente no Mediterrâneo - a precursora da atual Sexta Frota.”

Mas e o conflito atual , quais são as suas causas? Na verdade, a causa é só uma: O petróleo. É obvio que as forças envolvidas “fabricaram” razões outras para justificar o ataque. A principal é que dava conta da existência no Iraque de armas de destruição em massa (atômicas) e armas químicas e biológicas.

Inspetores da ONU examinaram durante meses os arsenais do Regime Iraquiano, a princípio com certa resistência, mas no final com alguma liberdade. Embora, tenham solicitado mais tempo para as verificações, nada de significativo foi encontrado neste sentido.

Aliás, ficou evidente que o que pouco importava ao EUA e seus aliados era encontrar as ditas armas, o que se queria na verdade era achar uma desculpa para a invasão. Tanto que os preparativos para a Guerra já estavam em andamento, independentemente do término ou não da inspeção da ONU.

Claro está que existem outras causas para o conflito e uma delas é a crescente escalada do terrorismo internacional que vitimou e continua a ameaçar os países ocidentais aliados e o próprio EUA. Acresça-se uma pitada de vingança em virtude do trágico episódio de 11 de setembro.Orgulho americano ferido.

Enfim, esta é já é a segunda guerra deste século.Século que começou ontem. A segunda protagonizada pelos EUA do Presidente George W. Bush, que parece firme no seu propósito de encarnar o papel de Xerife do mundo. Para isso conta com o mais poderoso exército, além dos recursos da maior economia do mundo.

Após a queda da União Soviética e do seu socialismo, pondo fim a Bi-polarização e à Guerra Fria, os EUA não tem adversários no mesmo nível, podendo dar asas ao seu desejo expansionista. Hoje prevalece a diplomacia do “ aqui quem manda sou eu “.

Aliás, a chamada “Doutrina Bush” que embasa toda política externa americana não é nova, como veremos:

“Durante o Governo de Bill Clinton, já havia uma doutrina próxima à
chamada “Doutrina Bush”, a “Doutrina Lake”. Propagada em 1996 por Anthony Lake, Assessor de Segurança Nacional de Clinton, essa Doutrina estabelece que as Forças Armadas americanas devem ser utilizadas em 7 circunstâncias: 1) para defender o país contra ataques diretos; 2) para conter agressões; 3) para garantir os interesses econômicos do país; 4) para preservar e promover a democracia; 5) para prevenir a propagação de armas de destruição em massa, terrorismo, crime internacional e tráfico de drogas; 6) com fins humanitários para combater a fome, desastres naturais e grandes abusos de direitos humanos; e 7) em defesa da ecologia e do meio ambiente. Não custa lembrar que os itens 5, 6 e 7 caem como uma luva para o Brasil, caso Uncle Sam chegue à conclusão de que a Amazônia está sendo devastada (“defesa da ecologia”), de que os ianomâmis estão sendo massacrados (“defesa dos ‘direitos humanos’ ”) e de que o narcotráfico tomou conta de nosso País (“prevenção do tráfico de drogas”). Resta saber se a Doutrina Bush também irá abranger tal leque de circunstâncias, ou se irá apenas se ater ao “terrorismo”.
(Félix Maier – A democracia de cruzeiro- Site Usina de Letras.)


CONCLUSÃO:

Os EUA e seus aliados venceram a guerra. Isto era de se esperar, tamanha a discrepância de forças. Todavia perguntas pairam no ar: Onde os arsenais de armas de destruição em massa de Saddam?

O que será do Iraque e do povo iraquiano?

E o petróleo do Iraque?

E, por último, mas não menos importante; quem será o próximo alvo?

Independente de qualquer outra abordagem, o próximo alvo poderia ser a tão decantada democracia americana.

O famoso escritor Mário Vargas Llosa , no seu artigo “A Decadência do Ocidente “, analisando a posição hegemônica americana em relação ao mundo e principalmente à Europa, fala dos perigos que corre a própria democracia interna dos EUA, sob a égide do Presidente BUSH.

“Mas se o pragmatismo e a força são o único motor de seu governo, uma democracia logo deixa de sê-lo e, embora conserve uma aparência de país livre, transforma-se internamente numa sociedade autoritária”.

BIBLIOGRAFIA:

Enciclopédia Britânica- (BARSA)
Jornal “ O Estado de São Paulo”
Enciclopédia Multimídia.
Site – E-Aprender.
Site:- Usina de Letras.
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