Usina de Letras
Usina de Letras
141 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62214 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10450)

Cronicas (22535)

Discursos (3238)

Ensaios - (10357)

Erótico (13569)

Frases (50608)

Humor (20029)

Infantil (5429)

Infanto Juvenil (4764)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140799)

Redação (3303)

Roteiro de Filme ou Novela (1063)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6187)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
cronicas-->Aos Domingos...Recordação do delicado intelecto -- 31/07/2004 - 18:30 (António Torre da Guia) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Em 20.01.2002, às 11h17 - hora de mento desanuviado e fresco - Domingos Oliveira Medeiros, em resposta a Eugénio Bragal - um dos pseudónimos que oficialmente utilizo - obsequiou-me com o texto seguinte:


Humor
Resposta ao Filho-da-Mãe do Eugénio Bragal

Carta ao filho-da-mãe do Eugénio Bragal

O Filho-da-puta a que fazes referência, se ainda não sabes, cá no Brasil, pelo menos, é bom que se diga, tem utilização restrita e direcionada para alguns poucos políticos, empresários e determinadas autoridades, que insistem em fazer pouco caso da sociedade, de modo geral. É usado, ainda, para reclamar do juiz de futebol, de algum jogador que perde uma penalidade máxima ou do patrão que nega o justo aumento de salário. Fora disso, e no mais das vezes, paradoxalmente, sua utilização tem conotação elogiosa.
Nesses casos, o filho-da-puta, ou filho-da-mãe, como queiras, passa a ser objeto e sinónimo de admiração. Exemplo: o filho-da-puta do Guga é o melhor tenista da atualidade e orgulho dos brasileiros. Do mesmo que o filho-da-mãe do Popó, nosso campeão mundial de Box, que não fica nada a devê-lo, em termos de vitórias e conquistas internacionais. Portanto, creio que não haja motivos para preocupação, posto que o teu filho-da-puta, não gosta de poesias e, tampouco se preocupa com o sucesso alheio. Sendo assim, jamais acessará o teu texto a respeito, divulgado em cronicas, apenas pelo título. Talvez um ou outro filho-da-mãe, e assim mesmo por mera curiosidade inerente às pessoas inteligentes. Abraços. Domingos.


Hoje, ainda sábado, revendo alguns escritos passados, deparou-se-me o mimo que acabo de inserir. Pelo tom-e-som que bem se escuta na colocação das palavras, ainda que o Domingos seja prudentemente comedido, decerto fui eu que ateei o fogo ao palavrãozinho e provoquei esta birrinha-embirrenta, que de resto é até bastante esclarecedora à volta da sobrecarga eventualmente ofensiva, mais grave ou menos grave, que o multimilionário impropério ao longo dos tempos transporta.

Assim e de repente, suscitou-se-me cronicar em redor do exposto. Está ali mais um Domingo a espreitar ao canto da noite, Domingo que é um dia bastante azado para tentar aparafusar uma croniqueta a propósito das pedradas que as palavras vestem em estreito paradigma.

Ora, tomando "tem utilização restrita e direcionada para alguns poucos políticos", afirma o Domingos que assim é no Brasil. Cá, entre os portugas, de qualquer classe que seja, tal como o termo "merde" em França, o "filho-da-putazinha" faz parte do nosso quotidiano como o inesperado espirro. Basta que o parceiro visado esteja longe ou pelo menos fora do alcance do ditoche e então o "filho-da..." é um ver se te avias sem cerimónia.

Bem... O Domingos afirma, mas eu não acredito que os políticos no Brasil, caídos na voz mais que avisada do povão, sejam apenas alguns poucos. Diacho, entre 180 milhões de brasucas, quantos políticos do "é-sempre-a-mesma-coisa" haverão?...

No fundo... Mesmo bem a fundo o "trio maldito" quer tão só dizer deveras que o gajo visado nos fez algo de muito desagradável, mas contudo não merece a pena de morte.

No caso exemplificado - e isso está de caras sem carecer de óbvia explicação - ofende muito mais o "filho-da-mãe" do que o dito objectivamente consumado segundo a tradição.

Entre tudo e contudo, cabe-nos singularmente, sujeitos hodiernos da palavra que vai perpassando, aliviar progressivamente a carga ofensiva dos palavrões a ponto de torná-la o mais anódina possível ao ouvido e ao raciocínio dos nossos "putozinhos", porque esses, sim, merecem ser defendidos da estultíticia dos palavrões que, bem feitas as contas, produzem desnecessariamente uma encabestrante sujeição abaixo do solo alguns metros, como se, ao cabo de 2004 anos no novo calendário, o cavernoso animal do mundo que decorre não possa ainda gritar bem alto: Filhos-da-puta!...

Minha mãe logo me vem
À memória muito doce...
Oh... Fosse puta ou não fosse
Como ela não há ninguém.

Às vezes apetece-me evidenciar uma forma muito mais incisiva de produzir um abraço escrito: um "putozinho-de-um-abração" para toda a sincera compreensão, aos Domingos, sobretudo.

Torre da Guia = Portus Calle

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui