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Artigos-->Smog eletrônico: cidadãos italianos contra a Rádio Vaticano -- 18/03/2001 - 19:46 (José Pedro Antunes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Emissora papal espalharia smog eletrônico – o trono de Pedro rebate acusações



Rose-Marie Borngässer (DIE WELT online, 18/03/2001)

Trad. zé pedro antunes



Roma – Na Itália, em ponto de fervura uma briga entre o Ministério do Meio Ambiente e o Vaticano. Pano de fundo: a emissora de rádio do Vaticano acusada de espalhar ondas demasiado fortes e nocivas. Ao final da semana passada, o ministro do meio ambiente, Willer Bordon, chegou a ameaçar com o corte do fornecimento de energia à emissora.

A cátedra papal reagiu com protesto enérgico. As acusações de que a emissora espalharia ondas nocivas não possui qualquer fundamentação científica, sendo portanto inaceitáveis, como esclareceu o porta-voz do Vaticano, Joaquín Navarro-Valls. A emissora, em Santa Maria di Galeria nas proximidades de Roma, corresponde aos padrões internacionais. É verdade que o estado italiano, desde 1998, passou a estabelecer medidas bastante severas, mas o Vaticano é um país estrangeiro. Este particular só faz agravar ainda mais o conflito. Um comitê de cidadãos acaba de anunciar que “seguirá em protesto e em luta”.

Desânimo, sobretudo, ao norte da capital italiana, na pequena localidade de Cesano. É ali que se erguem as potentes torres da Rádio Vaticano – em cujas sombras repousam ainda os lugarejos Anguillara, La Storta, Osteria Nuova, Formello e Oligiata. Depois que o médico responsável por Cesano criou a suspeita, porque, em seu âmbito de ação, a olhos vistos amontoavam-se os casos de vítimas de câncer, é nas salientes antenas da emissora que muitos moradores vêem a causa da doença.

E o medo continua a se disseminar. Cada caso de morte, sobretudo causada pelo câncer, é atribuído ao smog eletrônico. Também a dona de casa Agnese Amadio, que há um ano perdeu a filha Giulia, dez anos de idade, os dois últimos marcados pelo sofrimento com a leucemia, protesta agora diante do tribunal em Roma, convencida de que a culpa só pode ser atribuída ao smog eletrônico.

Quando, há 70 anos, o Vaticano estabeleceu a sua própria emissora, que continua a transmitir em 47 idiomas para todo o mundo, a região onde se instalara, ao redor de Roma, era ainda uma terra de ninguém. Na época, os terrenos eram baratos. Comprava-se a bom preço, e ninguém pensava que acabaria vivendo sob as antenas do Vaticano. De acordo com o relato de cidadãos, as perturbações causadas pelo smog eletrônico “começaram de forma totalmente inofensiva”. Com faixas e “chuviscos” na tela da televisão, e com interferências ao telefone. "Se alguém ligava para a gente aos domingos, dava para ouvir o sermão do papa”, conta uma dona de casa. E um camponês chega a afirmar que, ao abrir a geladeira, teria captado a vinheta “Christus vincit” (Cristo vence) da emissora católica, cuja direção até o momento vem se preservando ante as acusações. Pois, até aqui, não pôde ser provada qualquer ligação entre a sobrecarga de radiação das antenas e os casos de doença. Um processo contra a direção da Radio Vaticano caducou no outono. A questão sobre as possibilidades de êxito com um processo como esse permanece em aberto - pois a cadeira papal e suas instituições, segundo os contratos lateranos, não se acham submetidos às leis da justiça italiana.



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