"Happy are those conscious
of their spiritual need."
—Matthew 5:3
A uma semana do inicio das Olimpíadas os organizadores continuam a frizar os ideais associados com os jogos, a saber, "competição nobre, esporte, paz, cultura e educação". O outro lado da medalha, porém, inclui política, nacionalismo, comércio e corrupçao.
Tradicionalmente, as Olimpíadas têm elevado o ibope de televisão e produzido lucrativos contratos de propaganda, fazendo com que o patrocínio dos jogos seja um sensacional instrumento de comercialização, negócio de bilhões de US$. "As Olimpíadas são atualmente um grande negócio", disse o pesquizador australiano Murray Phillips, "e muitas decisões são tomadas por motivos comerciais estratégicos". Porisso a nossa ginasta olímpica vai ter de competir mesmo com problemas de contusão séria. Vai ter de suportar a dor de uma tonelada em cima de seus joelhos em frangalhos quando aterrizar de seu salto mortal e ainda por cima dançar o brasileirinho para o mundo ver.
Há também o flagrante nacionalismo manifestado nos jogos. Estão sendo feitos esforços para uma trégua olímpica, uma suspenção de hostilidades e de conflitos durante os jogos. Todavia, a não ser em sentido simbólico, essa medida não trará resultados, a menos que sejam eliminados os motivos dos conflitos. "Os jogos são uma competição da política de poder", declarou o professor de ciências Brian Martin. Ele também disse: "nas Olimpíadas, a competição entre atletas acaba virando competição entre estados. Os atletas não podem participar se seu país não estiver oficialmente nos jogos. As vitórias de indivíduos e times são consideradas vitórias nacionais, simbolizadas por bandeiras e hinos nacionais...[As Olimpíadas] simplesmente tornaram disponível outra esfera de atividade competitiva para a continuação da violência entre indivíduos em eventos esportivos, e entre Estados na luta pelo poder e por status...O movimento olímpico mostra-se impotente para tornar realidade sua meta original de promover a paz."
