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Textos_Religiosos-->Mundanizando a Igreja -- 10/07/2007 - 11:48 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
MUNDANIZANDO A IGREJA

Percival Puggina

http://www.puggina.org/outrosautores/news.php?detail=n1183664222.news

O Senhor chamou Moisés e lhe disse: “Moisés, não me leves a mal. Não se trata de uma interferência na liberdade do povo. Acontece que ontem, numa reunião da Santíssima Trindade, nos pareceu que algumas coisas que vocês andam fazendo não estão muito corretas. Por isso, decidimos sugerir certos mandamentos que talvez fosse bom observarem. É claro que tudo deve passar por uma assembléia do povo. Façam, pois, uma plenária, tirem as emendas populares que pareçam convenientes e nos tragam aqui para darmos uma olhada.”

Foi assim que Deus fez? Não. Sua lei independe de aprovação social e de referendo popular para entrar em vigência, embora, nas sociedades democráticas, conformar as leis dos homens com o projeto do Reino de Deus, dependa, sim das instâncias democráticas. Essa é a razão, aliás, pela qual os cristãos têm o dever de estar presentes nos espaços de decisão, exercendo, ali, sua influência positiva.

Contudo, é ou não verdade que muitos procuram restringir o processo de evangelização das estruturas sociais ou se ocupam, objetivamente, de desevangelizá-las? É ou não verdade, também, que a maioria dos cristãos se omite perante essa realidade? E ainda mais doloroso: é ou não verdade que muitos cristãos, descuidados de evangelizar o mundo, julgam oportuno e conveniente, no contrafluxo, mundanizar a Igreja? “Democratizá-la”, como desejam, é fazer exatamente isso. Trata-se, aqui, de uma leitura às avessas dos “sinais dos tempos”, que pretende conformar a lei de Deus às tendências contemporâneas.

São muitas as evidências da tentativa de mundanizar a Igreja com a crescente subtração do sagrado para agregação do mundano. Numa descuidada perda de medidas, se diviniza o social. E isso está presente na organização de certas liturgias, no conteúdo de certas homilias, nas absolvições comunitárias, no descaso para com a conversão pessoal e para com o sacramento da penitência, e na tentativa de cerrar fileiras, em nome das afinidades sócio-ideológicas, com quem é contra Deus e sua Igreja em tudo mais.

André Frossard, em seu admirável Deus em questões, comenta esse fato com fina ironia, observando que “se Cristo tivesse ‘vivido com seu tempo’ sua aventura teria terminado de forma bem menos dolorosa: não teria havido aventura alguma. Teria entrado na nossa História, e nós jamais teríamos entrado na dEle”. E conclui: “A Igreja, pelo Evangelho, tem um pacto com a verdade. Nada tem a recear do tempo. O Evangelho nunca foi superado. Nunca foi alcançado”.




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