Andréa, a quem eu chamava de “santa”, era filha de um capitão da marinha. Sua mãe, mulher espirituosa e de inteligência, a criara dentro dos princípios religiosos, o que não impedia que o temperamento da jovem se desenvolvesse de uma forma desejável. Desde os doze anos, ela sentia desejos insuportáveis, que procurava satisfazer de modos estranhos, para uma imaginação ainda jovem.
Andréa trabalhava seu corpo todas as noites. Seus dedos ainda não hábeis desperdiçavam sua juventude e saúde. Um dia ela surpreendeu dois cachorros copulando. Sua curiosidade lasciva fez com que observasse em detalhes o mecanismo e ação de cada sexo, de forma a compreender o que lhe faltava. Seu inconsciente aumentava suas exigências, e vivendo numa casa isolada cercada de velhas empregadas, sem nuca ter visto um homem, ela não poderia encontrar o que tanto buscava, uma fecha viva, vermelha e rápida, que fortemente a maravilhava, e que supunha dever existir para as mulheres da mesma maneira que existia para as cadelas. Aquilo atormentava tanto seu espírito, que minha ninfomaníaca se lembrou que o macaco entre todos os animais era o que mais se parecia ao homem.
Seu pai havia trazido de uma de suas muitas viagens, um orangotango. Foi vê-lo para estudá-lo, e depois de muito tempo examinando, o animal excitado pela presença de uma jovem fêmea, fez crescer diante dos olhos de Andréa, uma enorme ereção. Andréa se encheu de alegria, encontrando enfim o que tanto a afligia, aquilo com que sonhava a cada noite, apesar de nunca tê-lo visto. Era seu ideal que aparecia real e palpável. Para seu encanto, a jóia se erguia firme, mas ardente e mais ameaçadora do que pudesse imaginar e ambicionar. Seus olhos o devoravam. O orangotango se aproximou, e apoiando-se nas grades, agitou tão bem aquela coisa, que a pobre perdeu a cabeça.
Levada pela loucura, com uma força ultra-humana, ela forçou as barras da jaula, criando assim um espaço útil, do qual o excitado animal se aproveitou. Vinte e cinco centímetros bem pronunciados se projetaram ali com furor. Tanta exuberância num momento inicial assustou Andréa. Mesmo assim, o diabo a tentava, e ela ousou examinar mais de perto, e com sua mão toca e acaricia o membro. A besta excitada está a ponto de romper a jaula, sua expressão é horrível. Apavorada, Andréa acredita estar vendo o demônio em pessoa. O medo a paralisava. Ia se retirando quando um ultimo olhar na direção daquela viva atração lhe revela toda a intensidade de seu desejo. Imediatamente esquece o medo, e com ar decidido levanta a saia. De costas e de quatro, ela avança contra aquela ponta. A batalha começa. As estocadas encaixam, e a besta se tornava igual a um homem. Andréa é animalizada e desvirginada. Sua felicidade e entusiasmo explodem num conjunto de gemidos e urros, isso ocorre num volume de voz tão alto que sua mãe os escuta. Vindo acudir, surpreende-se ao ver a filha sodomizada, sendo encrava numa forte e rápida penetração, a qual beirava a perfeição. Andréa se contorcia, se debatia e vomitava a alma.
_ É uma grande farsa. – disse Paula
_ Talvez, mas para curar a pobre criança de sua mania animalesca, foi que a colocaram no convento, a qual fugiu mais tarde.
_ Melhor teria sido deixá-la com os macacos.
_ Julgando melhor, acho que tem razão.
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