O ser humano precisa pelo menos de uma pequena visão,
de alguma coisa com que se agarrar
para viver os seus dias.
Uma esperança, um objetivo,
algo dentro de si,
que o faça sentir vontade de mergulhar na vida.
Uma casa desleixada, com móveis aos pedaços,
janelas arreganhadas, a poeira entrando,
o desânimo e o desespero gritando...
Uma mente assim, enlouquece.
É necessário um jardim com flores belas e perfumadas,
uma orquestra sinfônica forte, decidida e em alto som,
um sol radiante e a brisa soprando de leve,
a razão de viver, de estar aqui,
um caminho a seguir,
a estrada certa.
Contudo, os percursos são tortuosos,
as dúvidas são muitas,
não há placas de advertência,
facilmente a pessoa poderá perder-se,
ou capotar na curva da estrada.
Porém, no recôndito do seu íntimo,
às vezes, quase escondido,
sempre há um velho sonho, desbotado e encardido...
Mas, ânimo! Acenda as luzes, restaure esse ideal!
Dê um tom colorido a ele,
amplie sua dimensão.
Este é o passaporte para mantê-lo de pé!
Você será o comandante do seu navio!
Ao olhar ao longe pela luneta, dirá vitorioso:
"Terra à vista! Oh! Que paisagem maravilhosa!"
© Rosimeire Leal da Motta.
OBS.: Esta poesia faz parte do livro:
"Voz da Alma" – Autora: Rosimeire Leal da Motta
Editora CBJE - RJ - Novembro/ 2005 - Poesia e Prosa.
Página Pessoal: http://br.geocities.com/rosimeire_lm/
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