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Poesias-->SENTENÇA FINAL -- 29/10/2007 - 21:11 (Rosimeire Leal da Motta) |
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O juiz decretou: Culpado!
Irrevogável! Todas as provas na mesa.
Testemunhas e jurados de acordo!
Réu de pé... fim do julgamento.
Cometeu homicídio, reclusão de vinte anos:
regime fechado.
Ele anunciou: “Sou inocente!”
Os guardas o levaram e o conduziram à prisão.
Sim, ele é o criminoso, mas negando persistia.
Primeira e segunda semanas naquela masmorra:
riu, comeu e bebeu.
Mais sete dias voaram no calendário e tudo lhe era tedioso. Aos poucos, foi se tornando agressivo,
revelando sua verdadeira personalidade.
Era uma fera, um bicho enjaulado!
Andava de um lado para o outro
e gritava palavras injuriosas.
Dois meses se passaram
e não suportava a pena que lhe coube.
Aos berros, forçava e balançava as grades da sua cela.
Não havia como fugir, era de segurança máxima!
Usava uma camisa velha e esburacada,
puxou-a violentamente,
rasgando e fazendo dela uma larga tira.
Enforcou-se!
Infelizmente, não era a consciência pesada,
compreendeu claramente o preço da perda da liberdade!
Águia engaiolada
que ficou sem o direito de voar e ver o brilho do sol!
Não tinha temor a Deus,
não amava ao próximo, nem a si mesmo.
Pagou o crime com a própria vida!
Esta foi a sentença final.
© Rosimeire Leal da Motta.
OBS.: Esta poesia faz parte do livro:
"Voz da Alma" – Autora: Rosimeire Leal da Motta
Editora CBJE - RJ - Novembro/ 2005 - Poesia e Prosa.
Página Pessoal: http://br.geocities.com/rosimeire_lm/
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