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Poesias-->O infinito -- 11/11/2007 - 19:06 (Lorena Pagno Miranda) |
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Aqui neste pedaço do mundo
Num povoado distante do meu país
Onde duas raças, português e italiano se mesclam
Nas cantigas festivas e barulhentas.
Aqui onde as sementes germinam
Porque as terras são férteis.
As flores desafiam as estações.
O vento proporciona prazer
Parece um garanhão selvagem
A convidar para o amor.
Aqui nas terras onde eu nasci
E cresci brincando entre as pedras e os bichos
O sol brilha mais forte nesse chão
E nas noites de verão faz serenata.
É tarde e lá adiante avisto o infinito
Segue outro rumo, não é o meu
Então busco com chamas de memória
A menina indomável esquecida
O olhar perdido, os cabelos brancos,
Apalpo-me a saber se ainda me resto
Conservo ainda o rosto, o peito, o gesto
Mas estou só, sem destreza, em frangalhos.
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