Deito e, cansado, adormeço
no permeio de tuas coxas,
abrigo cínico de há-pouco.
Sinto, ainda, teu gosto crio
aos poucos cedendo espaço
àquele que, sedento, te beijava e beija.
Engulo, no sonho presente,
tua acidez remanescente e fértil,
agora, tempero natural deste meu hálito de todo imoral.
Pois amanhã, logo cedo,
deverei acordar neste mesmo berço,
em cujo vão, sugo teu líquido mais sincero. |