Usina de Letras
Usina de Letras
15 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62282 )

Cartas ( 21334)

Contos (13267)

Cordel (10451)

Cronicas (22540)

Discursos (3239)

Ensaios - (10386)

Erótico (13574)

Frases (50668)

Humor (20040)

Infantil (5457)

Infanto Juvenil (4780)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140818)

Redação (3309)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1961)

Textos Religiosos/Sermões (6208)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->VISTA A MINHA PELE -- 22/11/2007 - 21:51 (Silas Correa Leite) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Poema Para 20 de Novembro



Vista a Minha Pele



Dia da Consciência Negra

Dia da consciência branca

Dia da consciência pesada



Silas Corrêa Leite





Vista a minha pele

Você conseguiria?

Seja negro só por um dia

Seja preto por mim

Somando todas as minhas cores assim



Vista a minha pele

Sinta a minha cor

Seja você quem for

Capture a minha dor

Lá dentro de mim

E procure me compreender melhor assim



Vista a minha pele

Eu sou igual a você

Ser humano porque

Corpo, Mente, Coração

Então, por que racismo e discriminação?



Vista a minha pele

Sou vermelho por dentro

E negro sempre cem por cento

Afrodescendente

Além de para sempre

Inteiramente ser humano e sobretudo gente



Vista a minha pele

Vista-se de mim

E procure me entender seu igual assim

Seu irmão da maravilhosa e cósmica raça

E então veja tudo o que dentro de mim se passa



Assim você confere

Assim você vai se sentir

Dentro da minha pele

Como eu quero ser árvore e florir

Como eu quero ser janela e me abrir

Como eu quero ser estrada e prosseguir

Que eu quero ser estrela e sorrir

Sem ninguém para me ferir

E você vai captar então

A pureza do essencial

O que eu quero é total libertação

E todos iguais na coloração

Numa democracia racial



Vista a minha pele

Seja um pouco eu mesmo por aí

Dentro de você - para você sentir

Sou preto brasileirinho

Sou negrão e sou negrinho

Sou negro do seu mesmo valor

E tenho a Mama-África no meu interior



Depois de me vestir e de se sair de si

Deixando de ser eu negão aí

Venha me estender a sua mão

E de coração para coração

Abrace-me como um seu completo irmão

Pois a nossa pele espiritual será uma só então

Numa sagrada celebração.



-0-



Silas Corrêa Leite, de Itararé-SP, Poeta, Educador, Coordenador de Pesquisas da FAPESP-USP-Culturas Juvenis – Autor de “Porta-Lapsos”, Poemas, e “Campo de Trigo Com Corvos” Contos, Editora Design

EMEF José Alcântara Machado Filho, Real Parque, AR-BT, São Paulo-SP

Endereço eletrônico: poesilas@terra.com.br

Site: www.itarare.com.br/silas.htm

Texto da Série: Afrobrasilis – “Amalgamados - Dos Filhos Deste Solo”

(Silas Corrêa Leite, inédito)

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui