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Artigos-->Bed Time Stories - The Night -- 25/10/2002 - 23:56 (Bruno Freitas) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos




Ontem a noite não pude terminar de ouvir tantas canções que serviriam pra que o sono me alcançasse e adentrasse em minha mente. Hoje garanto que vou terminar de escutar a seleção...



Essa estória de fita cassete já é coisa do passado, e acho que o mesmo ‘compact disc’ também... Já vão tarde... Hoje em dia sou mais música em MP-3, não me perguntem o que significa, que eu não sei. Imagino que seja alguma coisa em inglês, já que CD, significa ‘compact disc’, ao invés de DC, ‘disco compact’. É inexplicável como algumas expressões em inglês servem para expressar todo um sentimento ou qualquer vontade.



Enquanto isso, não existe nenhuma palavra na língua saxonica, para exprimir o sentimento de saudades, sem que seja necessário formular uma frase... Mas em compensação os americanos, ou ingleses, podem pedir para embrulhar quqlquer prato de comida, em qualquer restaurante, sem ter de explicar que é pro cachorro... Basta pedirem: ‘doggy bag this, please?’. Já no nosso português, sempre será necessário exprimir toda a sentença, de que o prato intocado de comida é pro cachorro... Não sou murrinha, sovina, ou mão de vaca... Tenho um cachorrinho que adora comida velha e não tocada... Sabe, né? Tenho esse costume...



Enquanto os americanos elegem um louco a presidência, nos damos um banho de lavagem nas escadarias do pelourinho, modo de dizer... O Brasil vai eleger o primeiro presidente de oposição em toda sua história. Coitado do Serra, bom pra nós... O erro dos eternos governantes, foi ter concorrido com FHC à reeleição a quatro anos atrás... Isso desgastou a imagem do, então presidente, sendo que o PFL facilmente elegeria qualquer substituto naquela época. O FHC, poderia estar concorrendo nesta eleição, onde venceria facilmente Lula, e teria prorrogado o mandato dos então governantes do país, que perderão pela falta de carisma do candidato José Serra... FHC não teria sua imagem desgastada com o tempo e com toda certeza ganharia a eleição... Ainda bem que a ganância do FHC falou mais alto, e ele ficou com míseros oito anos no governo, quando poderia ter tido mais paciência e concorrido este ano, e quem sabe daqui a quatro anos e prorrogado sua estada no governo por doze anos... Perdeu feio PFL... Faltou consultarem um cientista político... Azar... Inês é morta...



“Don’t you know that Rome wasn’t built in a day...”.



Enquanto isso eu fico em casa respirando aliviado, esperando a chuva chegar... A cria está pra encaixar e sair da barriga da mãe... Toda minha expectativa está voltada a isso neste momento, sem falar no domingo de urnas eletrônicas por todo país... Mal posso esperar pra ter de volta a tranqüilidade de escutar apenas os verdureiros, mercadistas e vendedores ambulantes gritando pelos auto-falantes o dia inteiro...



Cansei dessa brincadeira de eleição... Foi longe demais... Demorou muito... chega!!!!



Essa noite eu quero a tranqüilidade de dormir com a consciência livre de tantas escolhas e responsabilidades civis... Quero estar tranqüilo para o domingo, acordar cedo e acabar com todo esse suplício... Quero silêncio no sábado de manhã... Não quero um maldito candidato, ou seu porta voz, declarando suas beldades, e desejando bom dia a todos os que passam na rua... Até mesmo para aquele professor que faz gestos obscenos na rua...



“I want to break free... I want to break free... God knows... God knows, I want to break free...”.



Hoje eu também não quero mais nada... Só que isso tudo acabe... Quero que o recurso de auto-correção me deixe escrever em paz...



Hoje em dia quem se aproxima das distorções setentistas são Beck, Ben Harper e Lenny Kravitz. Sem falar no U2 que abandonou o caminho seguido em Zooropa... Pra mim o melhor disco da banda... Para os fãs fervorosos da banda, adoradores de Joshua tree e Rattle and run, nada a declarar... Não vão mudar minha opinião... Não gosto do antigo U2... Gosto do Zooropa, não gosto do Discotheque, mas fui ao show no Rio de Janeiro... Não me lembro de nada... Absolutamente nada... Quando ouvi dizer, ou li, em qualquer canto, que o novo disco do U2 era uma volta as origens, resolvi parafrasear Paulo Francis: Não ouvi e não gostei...



Para mim, o Beck vem se superando desde Odelay, ele escorregou mas se reergueu no último lançamento... Lenny Kravitz já foi bem melhor, mas agora parece que quer ajudar vender cigarros Hollywood, com suas melodias Fly away... Bem Harper se supera cada vez mais, e quando lançou seu disco com os Innocent criminals, deu um salto em direção às paradas de sucesso... Eu trabalhava como programador na rádio Cultura de Brasília e tocava Steal My Kisses todo dia... Assim como Suzie Blue, Alone, e Burn to shine.



“...Have a cigar... You gonna go far... You gonna fly righ... You’re never gonna die...”.



Eu sempre prefrei o álbum Wish you where here do Pink Floyd... Pois, achava o álbum The darkside of the moon meio forçado e já não agüentava mais ouvir The Wall, de tanto vê-lo pelas telinhas das tevês de minha adolescência.



Também preferi o álbum One hot minute do Red Hot Chilli Peppers, ao invés do Mother’s milk, ou do Sex sugar blood and magic, se é que o título está correto... Sempre preferi os grandes fracasso ao invés dos sucessos absolutos, e isso não se aplica somente na música pop internacional... Aqui no Brasil posso exemplificar muito bem, com os Paralamas do Sucesso. Pois, eu prefiro o disco Severino do trio, ao invés de tantos outros que fizeram enorme sucesso da banda, aqui no Brasil. O disco Severino dos Paralamas do Sucesso foi um grande fracasso de crítica e de público, não entendo o porquê, se acho o disco mais inventivo do trio...



Essa parca teoria, da minha apreciação pelo fracasso, não se restringe somente a música... No cinema isso também vem acontecendo... Os irmãos Coen, renomados cineastas americanos, Joel e Ethan Coen alcançaram o grande sucesso com fargo, que eu não gostei... Em compensação, preferi dois de seus grandes fracassos como A roda da fortuna (Hudsucker proxy) e O grande Lebowski (Big Lebowski)...



Esse fascínio pelo fracasso é bom não repercutir nas urnas eleitorais... Pois, nunca votei no Lula com convicção... Na última eleição eu votei no Lula, mas apenas para evitar que nosso FHC vencesse em primeiro turno... Hoje voto com confiança de que meu fascínio pelo fracasso repercutiu em todos brasileiros ansiosos por mudanças, e fartos de tantos fracassos...



Eu estou tranqüilo de que meu fracasso será recompensado...



“...Looking in my rewiew-mirror... Looking in my rewiew mirror... I can make it disapear... I can make it disapear, have no fear!”.







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