Líder muçulmano do Egito defende igrejas ameaçadas pelos turcos no Chipre
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NICOSIA, domingo, 29 de julho de 2007
O grão-imame do Egito, o xeique Mohamed Sayed Tantawi, expressou seu apoio ao chamado do arcebispo da Igreja ortodoxa do Chipre, Chrisostomo II, contra a destruição das igrejas cristãs por parte do exército turco na zona norte da ilha.
Segundo informações difundidas pela Cyprus News Agency (CNA), o porta-voz do arcebispo Andreas Dimitriou, afirmou que o compromisso do líder sunita foi expresso durante um encontro entre os dois representantes religiosos no Cairo, durante o qual Chrisostomos II ilustrou a situação na ilha de Chipre, dividida desde 1974 por causa da invasão turca.
O arcebispo afirmou ante o grão-imame que mais de 500 igrejas na área ocupada no Chipre tem de ser devolvidas com urgência e buscou o apoio do representante islâmico para evitar sua destruição.
No transcurso do encontro, que durou uma hora, o arcebispo Chrisostomos explicou que a Igreja no Chipre respeitou sempre os lugares de culto muçulmanos presentes na ilha e apresentou ao grão-imame um álbum que ilustra os saques nas igrejas cristãs.
O representante muçulmano disse que trabalhará pela paz e o amor no Chipre. Ele se mostrou disposto a sustentar seu apoio com todos os recursos que tem à disposição.
É a primeira vez que uma personalidade do mundo islâmico se pronuncia a favor da causa da comunidade cristã ortodoxa chipriota.
O encontro entre os dois representantes, segundo disse o porta-voz Dimitriou à CNA, desenvolveu-se em uma atmosfera particularmente cordial.
Esta quarta-feira o arcebispo Chrisostomos se encontrou com Sua Santidade Shenouda III, Papa de Alexandria e Patriarca copto-ortodoxo, enquanto que na quinta-feira visitou o presidente do Egito, Hosni Mubarak.
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Comentário
Félix Maier
Infelizmente, há líderes religiosos que não aceitam a diversidade religiosa. Esses tipos truculentos deveriam ser todos recolhidos para um bantustão étnico, que é onde mereceriam viver.
Todos os países do Ocidente deveriam adotar o princípio de reciprocidade, que pauta os acordos diplomáticos: os islâmicos só poderiamm construir mesquitas se permitissem que em seus países as outras religiões também pudessem erguer seus templos. Ou seja: para cada mesquita erguida em Brasília, pelo menos uma igreja em Riad.
Anos atrás, os islâmicos ergueram uma mesquita bem perto da Basília de São Pedro, em Roma. No entanto, a Arábia Saudita não permite a construção de igrejas em seu solo. Em Meca, só podem entrar os muçulmanos, ninguém mais.
Deveríamos começar a praticar já o princípio de reciprocidade, para evitar que esses embusteiros medievais tomem conta de todo o globo terrestre, que é o seu grande objetivo. Segundo o Corão, o III milênio será dos muçulmanos. Vamos todos ficar sem fazer nada, permitindo que o mundo todo seja escravizado por esses tiranos religiosos?